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Barbosa diz que CPMF é 'poupança' para país atravessar turbulência

Quarta, 20 de janeiro de 2016

Ministro da Fazenda defende recriação do tributo.

Segundo ele, sem tributo economia vai levar mais tempo para se recuperar.

 
 


 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta quarta-feira (20), que a recriação da CPMF é uma "poupança necessária" e "receita extra" para o país atravessar "uma fase de maior turbulência econômica". Segundo ele, apesar das resistências, o governo trabalhará pela aprovação do tributo pelo Congresso até maio, de forma que ele possa vigorar já a partir de setembro.

"Nesse momento, a CPMF é uma poupança necessária para atravessarmos esse período de maior instabilidade, enquanto atuamos em outras áreas da política fiscal, enquanto fazemos reformar estruturais para controlar o crescimento do gasto público", disse, em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.

 
ORÇAMENTO 2016
Governo defende recriação da CPMF
 

"Hoje, a melhor alternativa é aprovar um aumento temporário da receita para que a economia se recupere mais rápido. Sem esse aumento temporário da receita, a economia vai levar mais tempo para se recuperar", afirmou.

O Orçamento 2016 aprovado pelo Congresso traz uma previsão de R$ 10,3 bilhões de arrecadação de CPMF no ano, equivalente aos quatro últimos meses. Caso seja aprovado pelo Congresso, o novo imposto deve ser cobrado sobre as transações bancárias para financiar integralmente os gastos da Previdência Social.

Previsões sobre PIB
O ministro minimizou a piora das projeções do Funfo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento do Brasil em 2016 e 2016, dizendo que as projeções do governo indicam uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) "não tão alta".

Segundo Barbosa, o ambiente internacional ainda é de muita volatilidade e "o importante é tomar as ações necessárias para estabilizar o nível da atividade econômica, e de emprego e renda".

Crédito direcionado
Entre as ações em estudo, Barbosa citou o melhor uso de instrumentos de crédito e recuperação de algumas linhas de financiamento direcionado. Na segunda-feira, o ministro já tinha afirmado quehá volume de "liquidez substancial" no sistema financeiro brasileiro para esse fim.

Segundo ele, é possível ampliar as condições de crédito no país, retomando "condições normais" que existiam antes da crise internacional de 2008, "sem requerer um novo custo fiscal por parte do governo".

Com relação a sua participação em Davos, o ministro disse que irá procurar mostrar aos investidores internacionais que a economia brasileira continua oferecendo boas oportunidades de investimento em infraestrutura e em vários outros negócios.



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