A principal suspeita pela morte do aposentado Antônio de Carvalho, de 73 anos _ encontrado morto dentro de casa na manhã desta terça-feira _ é a companheira dele. De acordo com informações levantadas pela equipe de investigação do delegado Fabiano Silveira, a vítima já apresentava sinais de que queria romper com a relação.
A mulher já foi interrogada, mas negou envolvimento no crime. A polícia não descarta a participação de mais uma pessoa no crime.
Antônio foi executado com três tiros disparados à queima-roupa, sobre a própria cama. O idoso morava nos fundos de uma casa e o acesso era por uma espécie de garagem, um corredor cercado de mato.
De acordo com os moradores, não houve barulho de discussão ou brigas. Apenas os tiros. O corpo do aposentado, que foi encontrado por parentes, esboçava a tentativa de correr para o canto do quarto, entre a cama e a parede.
— Foi uma execução por maldade mesmo. Ele não teve tempo nem de tentar fugir ou reagir — diz um dos vizinhos, que não quis se identificar.
Os vizinhos só entenderam que se tratava de um assassinato por volta das 8h30, quando o corpo foi encontrado e as equipes do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da Polícia Civil chegaram no local. De acordo com os parentes, a carteira com os documentos e o telefone celular do aposentado sumiram. Antônio costumava andar pelo bairro no fim de tarde.
Os vizinhos contaram que ele não conversava muito e que sofria problemas de saúde que o obrigavam a tomar remédios. Por isso, ia constantemente à farmácia e era visto com sacolinhas de medicamentos.
Se o ano de 2015 terminou com um recorde histórico de assassinatos em Joinville, 126, com muitas manifestações de autoridades políticas e empresariais exigindo medidas de segurança pública, o ano de 2016 começou no mesmo ritmo. Já são cinco assassinatos em 12 dias. Em 2015, ocorreram oito mortes violentas em 18 dias.