Depois de quatro de anos de espera, o Hospital de Biguaçu, na Grande Florianópolis, foi inaugurado em agosto deste ano. Porém, passados quatros meses da abertura, por falta de alvará, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com previsão de entrega para dezembro deste ano, deve ser aberta somente em 2016.

No começo desta semana, dos 110 leitos do hospital, somente três estavam sendo ocupados. O serviço de internação que ainda é recente. Do dia 10 de dezembro para cá, o hospital começou a oferecer cirurgias de baixa e média complexidade.

"A partir da implentação das cirurgias, vamos ampliar esse volume de atendimento e também o pronto socorro será ampliado, por mais que ele seja referenciado, deve vai gerar internações para que a gente possa movimentar mais alas e os internamentos", explica Cláudio Marmentini, administrador do hospital.

De acordo com Marmentini, o período provável para o início dos trabalhos no pronto socorro é fevereiro. Como o hospital funciona de portas fechadas, só vão ser atendidos pacientes transferidos de algum serviço de socorro médico.

Ambulatório
O ambulatório começou a funcionar já na inauguração, oferecendo as especialidades de anestesia, cardiologia, cirurgia geral, vascular, endocrinologia, nefrologia, neurologia, otorrinolaringologia, pneumologia, proctologia, reumatologia, urologia, ortopedia e dermatologia.

Por mês, são feitos 700 atendimentos nestas 14 especialidades e, para janeiro, o hospital vai  oferecer exames de raio X e ultrassom.

UTI
A terceira e última etapa do hospital é a UTI, que ainda não está funcionando. São cerca de 20 leitos que seguem vazios. Na inauguração, a data pevista para a abertura era o fim de 2015 mas, por enquanto, não há um prazo definido.

O problema é porque a ala, recém construída, precisa de uma reforma. Segundo a administração, o local está fora do padrão e a Vigilancia Sanitária não deu o alvará de funcionamento.

Até agora não se sabe de onde virão os recursos pra isso e nem quem vai executar a obra.

"Não depende somente de nós, nem só do município ou do estado, é uma força em conjunto. Eu acredito que colocando essa segunda etapa que é o pronto socorro, a gente vai estar trabalhando para implemntar também a UTI posteriormente", explica Marmentini.

Rede de atendimento
O impasse torna cada vez mais distante o projeto da Secretaria de Saúde do Estado que, em agosto, disse que o Hospital de Biguaçu faria parte de uma rede de atendimento.

Cada unidade da Grande Florianópolis passaria a atender em áreas específicas, o que ajudaria na taxa de ocupação, que hoje tem leitos sobrando em alguns lugares e faltando em outros.

Passados quatros meses, em nota, a Secretaria disse que a relação com as demais unidades, por meio da rede de atendimento, ainda não foi iniciada e ainda é prematuro dizer se é possível observar uma melhora na utilização de leitos apenas com o recente início da fase de cirurgias em Biguaçu.