Um balanço das informações coletadas durante as reuniões comunitárias e setorial de Revisão do Plano Diretor foi apresentado durante audiência pública, realizada na noite de quarta-feira (16), no auditório do Centro Administrativo Leopoldo Zschoerper. Técnicos da Amunesc (Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina) organizaram em planilhas os dados, organizados em 12 grandes temas: infraestrutura, saúde, segurança pública, mobilidade e circulação, saneamento básico, patrimônio (histórico, cultural, ambiental), regularização fundiária, administração pública, ordenamento territorial, integração regional e economia.
Durante os encontros comunitários, os participantes destacaram quais os principais pontos positivos e negativos da cidade e também como seria a São Bento do Sul ideal, a fim de estabelecer as prioridades a serem trabalhadas nos próximos dez anos. No geral, o aspecto social, que envolve a qualidade de vida, foi o ponto positivo mais citado, seguido pela educação e pelo saneamento básico, que envolve abastecimento de água, coleta e tratamento de resíduos sólidos e de esgoto.
Entre os pontos a serem melhorados, as questões de infraestrutura aparecem em primeiro lugar e envolvem pavimentação de vias, calçadas, energia e comunicações. Mobilidade e circulação é a segunda maior preocupação das pessoas que participaram da revisão do Plano Diretor até aqui e se refere, sobretudo, ao transporte coletivo, acessos aos bairros e estacionamento na região central. Os cidadãos também citaram a saúde como terceira prioridade a ser considerada.
O panorama traçado a partir das reuniões comunitárias também demonstra algumas diferenças em relação à realidade das diversas regiões da cidade. “O que é problema em uma comunidade pode ser apontado como ponto positivo em outra e vice-versa”, observou Samuel Wipprich, arquiteto da Amunesc.
Durante a audiência pública, as pessoas novamente puderam opinar. O presidente da Associação de Moradores de Rio Vermelho, Adilson Hillebrandt, lembrou a preocupação da comunidade com a preservação ambiental. Marileia Gonçalves parabenizou os técnicos da Amunesc pela organização dos dados. “Agora cabe aos delegados eleitos participarem ativamente da continuidade da revisão analisando cuidadosamente os detalhes desse levantamento”, afirmou.
Mais trabalho em 2016
Para o próximo ano, mais seis etapas do processo de revisão deverão ser cumpridas. O trabalho compreende a leitura técnica dos dados, ou seja, a comparação das prioridades apontadas pelas comunidades com a legislação atual; a capacitação dos delegados e as oficinas de planejamento; elaboração do esboço da revisão do plano; ajustes no documento de revisão; audiências públicas para apresentar a minuta do plano e envio do documento final para a Câmara Municipal.
O secretário de Planejamento e presidente do Núcleo Gestor, Cássio Luiz Zschoerper, agradece a participação das pessoas que dedicaram parte de seu tempo a participar das discussões do Plano Diretor e, sobretudo aos delegados eleitos, assim como os membros do núcleo. “É um trabalho construído a muitas mãos e que tem grande importância para a nossa cidade”, afirmou.