Coerência

Já dissemos e escrevemos, gostamos de São Bento do Sul, mas isto não quer dizer que iremos fazer ouvidos moucos e olhos cegos. Até porque já diz o ditado que o pior cego é o que não quer enxergar. Gostar não significa apenas bajular e apontar só as coisas boas. Gostar é mostrar o que está errado, o que falta, o que precisa ser melhorado. Não basta trazer jornalistas de outras paragens e lhes mostrar a noiva enfeitada. É evidente que nossos confrades até por educação e pelo fato de terem vindo como convidados não irão cometer a indelicadeza de mostrar coisas feias. O que é ilógico é mostrar o passeio de Maria Fumaça, ao qual os jornalistas sequer tiveram acesso, como coisa nossa. Também a Prefeitura não disponibilizou nenhuma viatura para que os mesmos percorressem a cidade. Incoerência é mostrar o calçadão como centro de lojas de móveis, porcelanas e outros.  Já escrevemos também que nenhuma das três cidades Rio Negrinho, Campo Alegre e São Bento do Sul, possuem potencial turístico para sozinhas prenderem o turista aqui por mais de três dias. Li com atenção o elogio dos magistrados, e eles também não seriam mal educados e nem mal agradecidos de num momento em que a cidade lhes confere o título de Cidadão Honorário, fazerem críticas. Não era hora nem o lugar. Agora, ninguém ainda respondeu onde está a acessibilidade para os portadores de deficiência, e que é Lei, nos prédios públicos, Fórum, Delegacia de Polícia, Polícia Militar e Quartel dos Bombeiros. Se priorizou a construção de abrigos para veículos em detrimento do pedestre. Se nossas Igrejas não possuíssem rampas, com certeza já teriam sido interditadas. Também ninguém respondeu sobre a mentira da Quimioterapia e o estado precário das finanças e carências do nosso único Hospital. Um dos próprios juízes fez a doação de verba pública para compra de um respirador. Elogiar a neblina e a Schlachtfest, uma é mérito da natureza, a outra uma festa particular que só existe pela iniciativa privada. Nossas empresas são fruto de sangue, suor e investimentos de abnegados empresários. Ninguém levou jornalistas para conhecer a aberração e o descaso das obras do Alpestre, coisa simplesmente desumana e verdadeiro caso de Polícia para quem as autoridades e o Poder Público fecharam os olhos. Da precariedade da Vila Centenário, da vulnerabilidade da Vila Schwartz, Morro das Formigas, ruas sem revestimentos, poeira,  buracos, falta de saneamento básico e outros. Mil famíliasrecebendo o Bolsa Família. Temos que pensar no coletivo. Evolução tem compromisso com a verdade.