Lojistas da cidade organizam manifestação para esta sexta-feira (11)
Um dos municípios catarinenses que mais cresceu nos últimos anos pede socorro ao governo estadual diante da ineficiência da segurança pública. São João Batista, polo calçadista no vale do rio Tijucas, cuja população teve salto de 15 mil para mais de 30 mil habitantes em uma década, sofre com os frequentes assaltos, principalmente no comércio. “Somente na última sexta-feira (4) quatro lojas foram invadidas, representando perdas aos proprietários e gerando insegurança diante da continuidade dos negócios”, afirma Gabriel Angeli Dias, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Empresários, entidades e órgãos públicos organizam no próximo dia 11 de dezembro (sexta) uma manifestação sem precedentes. “A partir das 10h todo o comércio fechará as portas e vamos barrar as duas pontes que dão acesso ao Centro. É uma forma de chamarmos a atenção do governo do estado para o nosso problema”, explica.
De acordo com William Souza dos Santos, diretor executivo da CDL, o crescimento de São João Batista trouxe desenvolvimento, mas também problemas. “Nosso efetivo policial é vergonhoso e não condiz com uma cidade que gera tantos empregos, figurando entre as primeiras colocadas de Santa Catarina na criação de postos de trabalho”, reclama, dizendo que as instalações da delegacia de Polícia Civil estão sucateadas e que o município possui um efetivo de apenas 16 membros. Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de SC, é solidário ao movimento. “A questão da segurança é uma de nossas principais bandeiras e em São João Batista está no limite do insuportável”, indigna-se.