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Acisbs: Presidente avalia ano e a situação

Terça, 08 de dezembro de 2015

Foi um ano produtivo apesar das dificuldades que são passageiras pois a economia sempre é cíclica

 

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“Crises sempre existiram e continuarão existindo, tem um lado muito ruim, mas também tem sempre a possibilidade de nós repensarmos o que estamos fazendo até aqui e verificarmos se não existe uma maneira de fazermos as coisas de uma forma mais racional” (Foto Divulgação)
  

São Bento – Osmar Mühlbaheur, presidente da Acisbs – Associação Empresarial e Industrial de São Bento do Sul recebeu nossa reportagem para fazer um rápido balanço das atividades da entidade. Osmar começou agradecendo pelo apoio do Evolução durante o ano e afirmou que a Acisbs cada ano se torna mais presente e mais importante na comunidade como um todo. 2015 foi um ano muito intenso e de muitas atividades. “O cenário negativo que se apresenta em termos de economia e política, nos obrigou ainda mais a arregaçar as mangas e trabalhar no sentido de fazer com que os associados possam encontrar aqui  apoio  e soluções para suas dificuldades e juntos através do associativismo consigamos fazer com que os negócios dos nossos associados possam continuar prosperando.  Este ano tivemos a satisfação muito grande de acompanhar a evolução dos Núcleos Setoriais que são em número de 12, com atividades muito intensas, congregando cada vez um número maior de nucleados, destacando o Núcleo das Mulheres Empresarias, dos Jovens Empreendedores que deram um dinamismo todo especial na Semana dos Núcleos aqui na entidade. Foi um grande sucesso, trazendo palestras e várias atividades que visaram  o enriquecimento das pessoas que aqui passaram e dentro das possibilidades buscaram soluções para as suas dificuldades. Então penso que foi um ano produtivo apesar das dificuldades que eu entendo que são passageiras pois a economia sempre é cíclica. O que nos assusta mais hoje é que não temos só uma crise econômica, mas ela está lastreada numa forte crise política e mais que a situação  difícil do momento, preocupa olhar para a frente e não enxergar perspectivas muito concretas de equacionar estas questões, afirmou o presidente.

            

Política e economia

Osmar Mulbaheur entende que toda as dificuldades econômicas passam necessariamente pela discussão e encaminhamento político. Mas também não somos tão inocentes de achar que os políticos por si só irão fazer as mudanças que toda a sociedade precisa. Acredito que cada vez mais a sociedade, as entidades tem que estar engajadas num processo legítimo de pressão sobre os nossos políticos e representantes para que eles em algum momento se dar conta da situação pela qual nós estamos vivendo e que baseados nesta pressão, das pessoas, dos cidadãos e das entidades organizadas, da sociedade civil para que se possa ter uma evolução. Crises sempre existiram e continuarão existindo, tem um lado muito ruim, mas também tem sempre a possibilidade de nós repensarmos o que estamos fazendo até aqui e verificarmos se não existe uma maneira  de fazermos as coisas de uma forma mais racional. Esse é o grande desafio para nós enquanto pessoas, enquanto empresas, está em cada vez poder oferecer mais utilizando menos recursos. A própria natureza tem nos cobrado isso. Essa cobrança não tem meio termo.

 

Investimentos

Questionado sobre investimentos e que o dinheiro não sumiu e as fortunas apenas trocam de mãos, Osmar citou que em São Bento do Sul e na região, somos privilegiados e apesar de todas as dificuldades e necessidades que temos. Aqui o nível de circulação e de geração de riquezas é realmente muito forte e isto que nos torna um município diferenciado em relação a outros. Esta capacidade empreendedora. Hoje não somos mais a capital Nacional dos Móveis, mas isto não tem só um aspecto ruim. Os que continuam na atividade reinventaram suas empresas, repensaram seus negócios, estão retomando o mercado interno sem abandonar as exportações, mas sem colocar todos os ovos no mesmo cesto. Nos obrigou também a diversificar nossa atividade econômica. Temos uma diversificação bem acentuada, tanto na indústria, como o comércio passou a ocupar uma fração bem maior da atividade econômica, igualmente a área de serviços. Isso possibilita que estas riquezas de certa forma sejam compartilhadas por mais pessoas, que é o ideal. Sempre acredito que o grande modelo de absorção social das pessoas é gerar oportunidade, gerar riquezas. Neste sentido temos uma classe empresarial muito atuante, dinâmica que continua correndo os riscos que a atividade impõe e sabemos que o Brasil infelizmente não é o melhor País do mundo para se produzir, devido ao custo Brasil, logística, carga tributária, parafernália de leis, tanto que hoje temos uma expectativa mais negativa do que o Paraguai, que sempre nós olhamos de forma pejorativa como uma país de quinto mundo. 

 

Representatividade política e ausência do Governo do Estado

Não concordo e acho um absurdo que o município tenha que ceder funcionários para que repartições estaduais em nossa cidade possam funcionar. Voltando a questão anterior, isso só se resolve através do meio político, obviamente. A maioria hoje está desiludida com a atuação política e com os políticos de uma maneira geral, e eu também me sinto assim. Mas, só nos desiludirmos não vai resolver a situação. Nós temos a obrigação de arregaçar as mangas, apesar de todo o pessimismo, cobrar e na medida do possível aumentar nossa representatividade política, pressionando e exigindo que toda essa montanha de dinheiro que o Poder Público arrecada seja revertida em benefício do cidadão que é quem paga impostos e não na manutenção de uma estrutura para beneficiar uma minoria  da classe política. Uma questão lamentável são as famosas SDRs, que nosso governador antes de se eleger combatia e agora fez uma revolução. Mudou o nome. Na prática não mudou absolutamente nada, estão brincando. Infelizmente eu também penso que é só para acomodar os apadrinhados políticos. São inoperantes, não dispõe de recursos próprios, nem autonomia, são meros atravessadores.

 

Associativismo

Para o presidente 2015 foi um ano difícil de administrar, com dificuldades para todos, e não foi diferente para a Acisbs. Mas, conseguimos fazer a travessia de uma maneira bastante positiva, inclusive ampliando nosso quadro de associados, o que é um desafio permanente. Muitas vezes somos vistos como uma entidade da elite empresarial, embora isto seja um engano. Queremos cada vez mais ser uma entidade que represente congregue todos os empreendedores indistintamente do tamanho do seu negócio. Neste sentido novamente os Núcleos passam a ter uma importância muito grande por congregar setores, sendo a porta de entrada para que qualquer empresário possa estar aqui participando efetivamente das ações e através do seu Núcleo, com os seus pares, discutindo, dialogando sobre as questões que são pertinentes aquela atividade e juntos  com apoio da Acisbs buscar alternativas para que possamos evoluir. De uma forma geral um ano positivo.

 

São Bento e suas necessidades

Fomos considerados um dos municípios mais desenvolvidos do Brasil o que muito nos orgulha, mas ainda assim existem muitas carências. Você sempre aborda o problema da acessibilidade, calçadas e outros obstáculos. Isto é uma verdade. Não existe esta preocupação das autoridades em tornar mais fácil a vida de quem precisa. Você abordou o caso do Paço Municipal que realmente é lamentável. Aliás um negócio que parece importante em São Bento é você ter um imóvel velho no centro da cidade que o Município acaba adquirindo e aí transformando,  querendo que aquilo seja um Paço Municipal ou agora um novo Centro Administrativo. O Cine Brasil da mesma forma. São todos prédios antigos e inadequados que não foram pensados para as funções que se querem utilizar. Isso gera N dificuldades não só para mim que tenho uma dificuldade motora, mas cada vez mais o Brasil é um país cuja população está envelhecendo. Tem também o caso das mulheres grávidas ou com crianças de colo. Não falo só por mim, pois com a minha cadeira de rodas ainda consigo me virar, mas uma senhora com carrinho de bebe andar nas nossas calçadas, sem condições. No Fórum foi construído abrigo para carros e não se pensou nas pessoas com deficiência, como em outros prédios públicos. Acho que esta não seria a prioridade. Se fosse nos dada a possibilidade de escolher não seria feito isso.  O Observatório Social tem uma preocupação no sentido,  não de dizer onde o Poder Público deve gastar o seu dinheiro, mas sim que gaste com mais eficiência. Isso que nós somos os cidadãos do mundo que paga uma das maiores cargas tributárias. Dizem que somos a quinta maior economia mundial. Mas, o que mais ouvimos do executivo é que não tem caixa, não tem dinheiro. Claro que existe, pois vemos barbaridades acontecendo todos os dias e aquilo que deveria realmente um bom gestor praticar não acontece. Mas, ainda assim, apesar de tudo isso temos que continuar lutando para que as pessoas de bem na medida do possível possam  vir participar e fazer política. A boa política, que é necessária e todos nós somos políticos.

 

Mensagem

Devo dizer que estou cumprindo meu segundo mandato na Acisbs, encerro em junho de 2016. Para mim pessoalmente foi muito gratificante estes dois últimos anos ter presidido esta Entidade. Dizer que os desafios do dia a dia me ajudaram muito  a superar as minhas limitações e as minhas dificuldades. Então penso que não devemos esmorecer diante das dificuldades, mas que elas se tornem para nós um estímulo adicional e nos dêem forças para superá-las e construir alguma coisa melhor. Que em 2016 todos juntos possamos construir algo melhor.



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