Sessão solene vai homenagear autoridades do judiciário são-bentense
São Bento – Por iniciativa dos vereadores César Godoy (DEM), Tirso Hummelgen(DEM) e Fernando Mallon (PMDB) e aprovados por unanimidade a Câmara Municipal de São Bento do Sul, irá outorgar o titulo de CIDADÃO HONORÁRIO, para os três juízes da Comarca. A Sessão Solene que homenageará os magistrados está marcada para o dia 30, próxima segunda-feira, às 20:00, na Sociedade Ginástica e Desportiva São Bento. Edson Luiz de Oliveira, Luis Paulo Dal Pont Lodetti e Romano José Enzweiller são os magistrados que receberão a honraria.
A cerimônia irá reunir os familiares e amigos dos homenageados, autoridades locais, entre outros convidados.
Edson Luis de Oliveira é graduado em direito pela Associação Catarinense de Ensino – Faculdade de Direito de Joinville, em 1987, e pós-graduado em direito processual civil. É servido público há 20 anos, já atuou como secretário jurídico do Tribunal de Justiça de Santa Catarina; e juiz de direito desde 1993. Atuou nas comarcas de Florianópolis, Joinville, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Barra Velha. No município é titular da 2ª Vara, com competência na jurisdição da infância e juventude.
Luis Paulo Dal Pont Lodetti é graduado em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, em 2002, e desempenhou as atividades como advogado entre 2003 e 2005. Foi empossado juiz substituto em 2005, com lotação na comarca de Mafra e permaneceu até 2008. Nesse mesmo período respondeu pela comarca do município, como diretor do Foro, entre março e novembro de 2006. Foi promovido a juiz titular, da comarca de Sombrio, atuando de 2009 a 2011. Também foi professor de direto processual penal na Escola de Magistratura de Santa Catarina. Desde 2011, atua como juiz de direito titular da comarca do município, na 3ª Vara com competência criminal e nos feitos da Fazenda Pública.
Romano José Enzweiler foi auditor fiscal da Receita Estadual e é juiz de direito desde 1993. Foi juiz assessor da presidência da Associação dos Magistrados Brasileiros e presidente do Conselho Fiscal da Associação dos Magistrados Catarinenses. Também atuou como diretor-geral da Escola Superior da Magistratura e é autor de diversos livros jurídicos, estudos e artigos nacionais e internacionais. Especialista em direito tributário pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro e em gestão pública pela Fundação Escolar Superior de Administração Pública. Mestre em relações internacionais pela Universidade do Minho, Portugal, e mestre em gestão pela Univalli. Assumiu como titular da 1ª Vara do município em 2008 e presidiu como juiz eleitoral em eleições da cidade. Ocupa atualmente o cargo de diretor do Foro da Comarca.
Editorial Evolução de 12/11/2010
Com este texto que reproduzimos e com o qual homenageamos o juiz Romano Enzweiller, queremos estender nosso reconhecimento a todos os magistrados homenageados com o título de Cidadão Honorário de São Bento do Sul.
JUSTIÇA SEM TOGA, SEM VAIDADE E ARROGÂNCIA
Certa ocasião reproduzi a frase “50% dos juízes se julgam Deus e os outros 50% têm certeza que o são”. A mesma foi dita por um magistrado do Rio de Janeiro que veio fazer uma palestra na Univille, quando eu havia retornado ao bancos da academia. Rendeu-me uma sonora chamada de atenção durante uma audiência - talvez por um daqueles que se julgava gerente do céu - durante uma audiência no Fórum Trabalhista de São Bento do Sul. Por que conto isto só agora? Porque nesta semana tive mais uma comprovação que a afirmativa não é correta e talvez faça apenas parte do folclore brasileiro.
A confirmação desta minha crença foi dada por mais um daqueles magistrados que conheci que estão despidos da toga, da vaidade e da arrogância - e que ajudam a desmistificar este endeusamento. Assim como Dr. Davidson Jahn Mello - meu professor, Dr. Augusto Cesar Allet Aguiar, Dr. Nelson Maia Peixoto, Dra. Teresinha Mendonça de Oliveira e outros que por aqui passaram, a figura do juiz moderno, humano, respeitado e respeitador, e aplicador da lei sem perder a postura de cavalheiro está personalizada no Dr. Romano Enzweiller.
É a autoridade que, por maior o rigor da pena que aplique, o réu sente-se ainda na obrigação de lhe pedir desculpas. Em uma audiência agradece pela presença das partes e testemunhas e ainda oferece cafezinho, sem perder a magistratura. Mostra que a Justiça, embora vendada, deve dar uma espiadinha. Portanto, não é totalmente cega.