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Diabetes afeta 387 milhões de pessoas no mundo

Sexta, 13 de novembro de 2015

Em São Bento do Sul há 3.000 pacientes cadastrados. Federação Internacional calcula que um em cada dois pacientes não sabe que tem a doença

 

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Integrantes da equipe do Cadia (Centro de Atendimento aos Diabéticos) (Fotos PMSBS/Divulgação)
  

São Bento – Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro é a data escolhida para incentivar as pessoas a adotarem hábitos saudáveis tanto para prevenir quanto para controlar a doença que afeta 387 milhões de pessoas em todo o mundo. A Federação Internacional de Diabetes calcula que 46,3% dos diabéticos (um em cada dois pacientes) não sabem que têm a doença.

A maior incidência ocorre com pessoas de 40 a 59 anos, mas a doença pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. Estima-se que cerca de R$ 612 bilhões de dólares foram gastos, em 2014, para tratar de diabéticos no mundo todo. Em São Bento do Sul há cerca de 3000 diabéticos cadastrados pela Secretaria Municipal de Saúde.

O Cadia (Centro de Atendimento aos Diabéticos) serve de referência a todas as unidades de saúde do município para orientar profissionais e pacientes. Proporcionar uma vida autônoma aos diabéticos e manter a doença sob controle são objetivos do trabalho desenvolvido. A médica endocrinologista Andrea Betkowski Duvoisin explica que os casos encaminhados ao Cadia recebem monitoramento contínuo. “Quanto mais o paciente compreende a doença, melhor é o entendimento dos hábitos que precisa cultivar”, explica. Além de monitorar o nível de glicemia - o que é feito com um aparelho chamado glicosímetro - e de tomar a medicação adequada, o diabético precisa realizar de duas a três consultas médicas por ano, fazer exames laboratoriais e consultar cardiologista e oftalmologista anualmente, além de investigação de rins e exame dos pés. “Um erro muito comum é deixar de tomar os remédios quando a doença está controlada”, alerta a médica.

A alimentação equilibrada e a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de atividade física também são recomendações importantes que o diabético deve seguir. “Quem usa insulina precisa aprender a manejar adequadamente as seringas ou canetas, respeitar rigorosamente as quantidades indicadas”, diz Andrea.

 

Hipoglicemia

Em caso de uma crise de hipoglicemia, isto é, quando a pessoa está com pouco açúcar no sangue (glicemia inferior a 70mg/dl) é preciso agir rápido. Se o paciente estiver acordado, deve ingerir uma colher de sopa de açúcar misturado em 150 ml de água ou tomar 200 ml de suco de laranja. Um copo de refrigerante (não dietético), 5 sachês de mel ou 15 gramas de balas de goma também podem servir para reequilibrar o nível de glicose. “Depois, verifica-se a glicemia após 15 minutos. Se não tiver aumentado, deve-se repetir o procedimento por até duas vezes consecutivas, sempre verificando a glicemia capilar entre um procedimento e outro”, recomenda a médica.

Se a glicemia for menor que 40 mg/dl o paciente pode desmaiar e deve-se solicitar auxílio médico. Em hipoglicemia com paciente desacordado pode-se passar mel na parte interna da boca - bochecha e gengiva - e chamar auxílio médico.

Depois que os valores da glicemia superam os 70mg/dl, é necessário ingerir carboidrato de absorção lenta, como bolacha de água e sal, uma fatia de pão, fruta ou copo de leite. “Não se recomenda a ingestão de biscoitos doces, bolos ou chocolates, pois são alimentos com alto teor de gordura que tornam mais lenta a absorção do carboidrato.

A crise de hipoglicemia pode provocar suor excessivo, tontura, palidez, palpitação, sensação de fome, mudança de comportamento, fraqueza, tremores, formigamento ao redor da boca e língua, sonolência e desmaios.

 

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Em outubro caminhada incentivou atividade física
  

Fatores de risco

Alguns fatores podem aumentar o risco de contrair o diabetes, como o sedentarismo e alimentação inadequada, além da hipertensão e obesidade. Mulheres com circunferência abdominal superior a 88 cm e homens com cintura maior que 94 cm devem ficar em alerta. Também são fatores de risco a idade (superior a 25 anos), histórico da doença em familiares, mães que tiveram filhos com peso superior a 4 quilos, diabete durante a gestação ou fraca nutrição durante a gravidez.

 

O que é o diabetes?

É uma doença caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. Ocorre por defeito na ação e/ou produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina faz com que a glicose entre nas células. Há vários tipos de diabetes. O mais comum é o Tipo 2 (mais frequente em adultos acima do peso), e a Tipo 1 (defeito na produção de insulina), mais comum em crianças, adolescentes e jovens.

 

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Médica Andrea Duvoisin e enfermeira Rosilei Baade do Cadia
  

Principais sintomas

- Boca seca

- Sede em excesso

- Urinar com muita frequência

- Perda rápida de peso

- Fraqueza

- Visão turva

- Dores nas pernas

- Candidíase vaginal ou peniana recorrente

- Tontura

 

Cuidados com a insulina

- A insulina não deve ser congelada.

- Não deve ser utilizada se estiver turva.

- A insulina é sensível à luz direta e às temperaturas muito altas ou muito baixas.

- A validade do frasco, após aberto, é de 28 dias ou conforme orientação do fabricante.

- Na geladeira, deve ser colocada na parte inferior interna (em cima da tampa onde vão as frutas e verduras) e deve ser colocada em um pote plástico com tampa.

- Não se deve conservar a insulina na porta da geladeira ou nas prateleiras, pois nesses locais há maior variação da temperatura.

 

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Pacientes recebem orientação e acompanhamento da nutricionista, Versiane Janaína Heinzen do Cadia
 

Alimentação saudável é fundamental para prevenir controlar Diabetes

A alimentação equilibrada está entre as principais atitudes de prevenção e controle da doença.

Versiane Janaína Heinzen é nutricionista do Cadia (Centro de Atendimento aos Diabéticos), serviço mantido pela Secretaria Municipal de Saúde. Ela explica que, durante muito tempo, diabéticos tiveram que conviver com severas restrições alimentares. “Muitos alimentos eram proibidos ao diabético”, observa. Hoje a orientação é saber fazer as escolhas corretas e aprender a controlar as quantidades e isso vale para todas as pessoas, diabéticas ou não.

Janaína recomenda que metade do prato seja composto por verduras e legumes, que fornecem vitaminas e sais minerais ao organismo. “E quando eu falo verduras não é só alface e repolho. É preciso lembrar da rúcula, escarola, couve, agrião. Quanto mais colorido for o prato, melhor”, observa. A outra metade do prato deve conter uma porção de proteína (carne, ovos ou peixe), feijão (que pode ser substituído por lentilha ou grão de bico) e carboidrato. Ela destaca a riqueza nutricional da mistura mais tradicional da culinária brasileira: o feijão com arroz, que pode ser consumido diariamente.

Evitar os produtos industrializados, repletos de corantes e conservantes é fundamental, por isso, substituir guloseimas por frutas é o mais indicado.

Dietas da moda pregaram, por algum tempo, não misturar dois tipos diferentes de carboidratos. Janaína explica que o problema não está na mistura, e sim na quantidade e qualidade do alimento. “Há carboidratos que são absorvidos de modo mais rápido pela corrente sanguínea e, consequentemente, aumentam a glicemia mais rapidamente”, observa.

A correria do cotidiano não é desculpa para se descuidar da alimentação. “Quem não tem tempo para se alimentar adequadamente, depois vai precisar de tempo e dinheiro para tratar de doenças”, avisa a nutricionista. Ela destaca a importância de envolver toda a família na discussão sobre alimentação e também no preparo dos alimentos. “É preciso dividir as tarefas, pois a cozinha não é um ambiente exclusivo da mãe. Todos da família podem e devem ajudar”, recomenda.

 

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Metade do prato deveria ser composto por verduras e legumes, que fornecem vitaminas e sais minerais ao organismo
  

Orientação nutricional

No Cadia, os pacientes encaminhados por médicos das unidades de saúde recebem orientação e acompanhamento nutricional. O objetivo, segundo Janaína, é fazer com que os diabéticos conheçam bem os benefícios de cada alimento para a sua saúde, a fim de realizarem refeições nutritivas e saborosas e, ao mesmo tempo, que ajudem no controle de sua glicemia.



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