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Diabetes afeta 387 milhões de pessoas no mundo

Quinta, 12 de novembro de 2015


Em São Bento do Sul há 3000 pacientes cadastrados. Federação Internacional calcula que um em cada dois pacientes não sabe que tem a doença.


Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro é a data escolhida para incentivar as pessoas a adotarem hábitos saudáveis tanto para prevenir quanto para controlar a doença que afeta 387 milhões de pessoas em todo o mundo. A Federação Internacional de Diabetes calcula que 46,3% dos diabéticos (um em cada dois pacientes) não sabem que têm a doença.
A maior incidência ocorre com pessoas de 40 a 59 anos, mas a doença pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. Estima-se que cerca de R$ 612 bilhões de dólares foram gastos, em 2014, para tratar de diabéticos no mundo todo. Em São Bento do Sul há cerca de 3000 diabéticos cadastrados pela Secretaria Municipal de Saúde.
O Cadia (Centro de Atendimento aos Diabéticos) serve de referência a todas as unidades de saúde do município para orientar profissionais e pacientes. Proporcionar uma vida autônoma aos diabéticos e manter a doença sob controle são objetivos do trabalho desenvolvido. A médica endocrinologista Andrea Betkowski Duvoisin explica que os casos encaminhados ao Cadia recebem monitoramento contínuo. “Quanto mais o paciente compreende a doença, melhor é o entendimento dos hábitos que precisa cultivar”, explica. Além de monitorar o nível de glicemia - o que é feito com um aparelho chamado glicosímetro - e de tomar a medicação adequada, o diabético precisa realizar de duas a três consultas médicas por ano, fazer exames laboratoriais e consultar cardiologista e oftalmologista anualmente, além de investigação de rins e exame dos pés. “Um erro muito comum é deixar de tomar os remédios quando a doença está controlada”, alerta a médica.
A alimentação equilibrada e a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de atividade física também são recomendações importantes que o diabético deve seguir. “Quem usa insulina precisa aprender a manejar adequadamente as seringas ou canetas, respeitar rigorosamente as quantidades indicadas”, diz Andrea.
Hipoglicemia – Em caso de uma crise de hipoglicemia, isto é, quando a pessoa está com pouco açúcar no sangue (glicemia inferior a 70mg/dl) é preciso agir rápido. Se o paciente estiver acordado, deve ingerir uma colher de sopa de açúcar misturado em 150 ml de água ou tomar 200 ml de suco de laranja. Um copo de refrigerante (não dietético), 5 sachês de mel ou 15 gramas de balas de goma também podem servir para reequilibrar o nível de glicose. “Depois, verifica-se a glicemia após 15 minutos. Se não tiver aumentado, deve-se repetir o procedimento por até duas vezes consecutivas, sempre verificando a glicemia capilar entre um procedimento e outro”, recomenda a médica. 
Se a glicemia for menor que 40 mg/dl o paciente pode desmaiar e deve-se solicitar auxílio médico. Em hipoglicemia com paciente desacordado pode-se passar mel na parte interna da boca - bochecha e gengiva - e chamar auxílio médico. 
Depois que os valores da glicemia superam os 70mg/dl, é necessário ingerir carboidrato de absorção lenta, como bolacha de água e sal, uma fatia de pão, fruta ou copo de leite. “Não se recomenda a ingestão de biscoitos doces, bolos ou chocolates, pois são alimentos com alto teor de gordura que tornam mais lenta a absorção do carboidrato.
A crise de hipoglicemia pode provocar suor excessivo, tontura, palidez, palpitação, sensação de fome, mudança de comportamento, fraqueza, tremores, formigamento ao redor da boca e língua, sonolência e desmaios.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de contrair o diabetes, como o sedentarismo e alimentação inadequada, além da hipertensão e obesidade. Mulheres com circunferência abdominal superior a 88 cm e homens com cintura maior que 94 cm devem ficar em alerta. Também são fatores de risco a idade (superior a 25 anos), histórico da doença em familiares, mães que tiveram filhos com peso superior a 4 quilos, diabete durante a gestação ou fraca nutrição durante a gravidez.

O que é o diabetes?
É uma doença caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. Ocorre por defeito na ação e/ou produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina faz com que a glicose entre nas células. Há vários tipos de diabetes. O mais comum é o Tipo 2 (mais frequente em adultos acima do peso), e a Tipo 1 (defeito na produção de insulina), mais comum em crianças, adolescentes e jovens.
Principais sintomas
- Boca seca
- Sede em excesso
- Urinar com muita frequência
- Perda rápida de peso
- Fraqueza
- Visão turva
- Dores nas pernas
- Candidíase vaginal ou peniana recorrente
- Tontura


Cuidados com a insulina
- A insulina não deve ser congelada.
- Não deve ser utilizada se estiver turva.
- A insulina é sensível à luz direta e às temperaturas muito altas ou muito baixas.
- A validade do frasco, após aberto, é de 28 dias ou conforme orientação do fabricante.
- Na geladeira, deve ser colocada na parte inferior interna (em cima da tampa onde vão as frutas e verduras) e deve ser colocada em um pote plástico com tampa.
- Não se deve conservar a insulina na porta da geladeira ou nas prateleiras, pois nesses locais há maior variação da temperatura.



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