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Doando mais que sangue, doando vida

Segunda, 09 de novembro de 2015

 

Não é uma simples doação. É um ato de amor ao próximo e, ao final, a sensação de que algo bom foi feito toma conta de quem se dedica a doar sangue. E, nesse quesito, São Bento do Sul é destaque na região, pois, três vezes por mês, um ônibus, cedido pela Secretaria Municipal de Saúde, segue lotado de voluntários até o Hemocentro de Santa Catarina (Hemosc), em Joinville. Eles têm como meta auxiliar pessoas que nem conhecem, pois o sangue é distribuído depois para hospitais da região, sempre que solicitado.

Conforme a coordenadora da Fundação Cidadania, Matilde Sueli Vidal dos Santos, o cadastro da entidade possui cerca de 3 mil pessoas dispostas a doar, das quais aproximadamente 600 são doadoras ativas. Graças a esse número elevado, no Planalto Norte, São Bento do Sul é o carro-chefe das doações de sangue.

Para chegar a esse destaque regional, a Fundação Cidadania conta com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, a qual disponibiliza o transporte gratuito para que os voluntários possam seguir até ao Hemosc. “É um processo completamente seguro para quem doa”, reforça.

A coordenadora do setor de captação de doadores do Hemosc, Marlene Aparecida Tiltey, enfatiza a importância dos são-bentenses no que diz respeito à doação de sangue. “O Hemosc tem uma gratidão enorme aos são-bentenses”, disse. “São Bento do Sul é um grande exemplo de ajuda para o Hemosc”, completa.

Para Marlene, os são-bentenses que se dispõem a doar são guerreiros, pois deixam suas tarefas diárias para passar o dia à disposição do hemocentro, onde doam sangue para ajudar quem precisa. “A Fundação Cidadania e a Prefeitura de São Bento são parceiros importantes e a Prefeitura é um excelente exemplo para outros municípios”, afirma.

Ela lembra que os são-bentenses são os únicos que seguem ao Hemosc com veículo cedido pela Prefeitura. Outras cidades não possuem esse tipo de incentivo à doação e, quando alguém de outro município está disposto a doar, precisa ir por conta própria até o hemocentro.

Atualmente, no Hemosc de Joinville, existem 20 mil doadores cadastrados, atendendo a 20 hospitais de 27 municípios. “Apesar do número de doadores ser muito bom, a quantidade de sangue ainda é insuficiente, devido ao grande número de pessoas que se envolvem em acidentes de trânsito”, explica Marlene.

A sensação de fazer o bem - Cleison Osinski é doador voluntário há 7 anos na Fundação Cidadania e realiza o procedimento de três a quatro vezes ao ano. Ele conta que, na primeira vez, foi liberado pela empresa onde trabalha para a doação e gostou da sensação. Para poder repetir a ação, ele começou a trabalhar a mais para acumular horas extras e, com isso, obter folga nos dias de doação. “Assim não prejudico a empresa porque não preciso ficar um dia de folga devido à doação”, conta.

Para ele, não existem palavras que possam explicar a sensação de ser doador de sangue. “É maravilhoso”, resume Cleison, dizendo que, se pudesse, doaria dos dois braços ao mesmo tempo. “Quando ouço uma notícia falando que foram necessárias transfusões de sangue em pessoas acidentadas, mesmo sem ter certeza sobre a origem do sangue utilizado, só pelo fato de saber que pode ser o meu, isso já me traz alegria”, destaca.

Doando pela segunda vez, Rosangela Belescky agora não foi sozinha. Estava acompanhada de seu filho, Gustavo dos Santos, que doava pela primeira vez. Para a mãe, é uma sensação de bem-estar e o procedimento é rápido. “Mas a gratificação você leva pelo resto da vida”, afirma. “Sabendo que você pode salvar uma vida com um gesto tão simples”, completa. E o filho também se diz preparado para a próxima doação.

Quem também estreou em outubro na doação foi Jeysiffer Nieckacz. Ela é doadora de sangue e medula óssea e, por ser técnica em enfermagem, diz-se feliz em poder contribuir com o próximo. “Pela profissão sei bem a importância do ato de doar e por isso me sinto bem”, afirma.

Doação - Para fomentar a doação de sangue em São Bento do Sul, a Fundação Cidadania realiza em três sextas-feiras do mês a viagem a Joinville, com ônibus disponibilizado pela Secretaria de Saúde para levar os doadores.

O processo da doação é simples e indolor. Primeiramente é feita uma pré-triagem e uma entrevista, confidencial. O candidato a doador deve responder a algumas questões que indicarão possíveis riscos ao receptor do sangue – existe um período, considerado a janela imunológica, na qual doenças não são detectadas por exames laboratoriais, mas podem ser contagiosas.

Após a entrevista, o doador passa para a sala de coleta onde 450ml de sangue são retirados e armazenados em uma bolsa. São feitos exames com o sangue para evitar a contaminação de receptores. Após a coleta, o doador faz um lanche acompanhado de líquidos para repor o volume da doação. Todo o processo é seguro e não causa qualquer dano ao doador.

Requisitos - Para doar é necessário ter idade entre 18 e 67 anos (doadores com idade de 16 e 17 anos de idade são aceitos mediante a presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal). O limite de idade para primeira doação é de 60 anos. O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo, pesar acima de 50 kg (com desconto de vestimentas), apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial (RG., carteira profissional, carteira de motorista, etc); ter repousado bem na noite anterior à doação. Também é necessário evitar o jejum, fazendo refeições leves e não gordurosas, nas 4 horas que antecedem a doação, além de evitar uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas.

Todo o sangue doado é separado em três componentes: hemácias, plaquetas e plasma, podendo beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais e clínicas para atender às solicitações médicas. “Em uma única doação, você pode salvar várias vidas”, enaltece a coordenadora da Fundação Cidadania, Matilde Sueli Vidal dos Santos.

Medula óssea – Na ocasião, a pessoa pode manifestar, ainda, o interesse em doar medula óssea. Os procedimentos consistem na coleta de sangue para o exame de compatibilidade, ampliando, dessa forma, o cadastro de doadores. Para ser doador a pessoa deve ter entre 18 e 54 anos, estar em bom estado de saúde e não ter histórico de câncer, hepatite e HIV.

Uma vez feito o cadastro, haverá o confronto com os dados dos pacientes que estão à espera de um doador. Se houver compatibilidade, o doador será chamado e a doação poderá ser feita em qualquer lugar do Brasil, pois terá que ser feita onde o receptor está em tratamento e encontra-se internado. Se aparecer um paciente com a medula compatível com a do doador, este será chamado – daí a importância de manter o cadastro atualizado junto à Fundação Cidadania.

Contato - Interessados em doar podem entrar em contato pelo telefone 3633-7566, ou ainda pelo e-mail cidadaniafundacao@gmail.com



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