Cléverson Israel Minikovsky (Pensando e Repensado)
Advogado
Filósofo
Jornalista (DRT 3792/SC)
Palavra de Deus: alimento da alma
Nada melhor para os músculos da alma do que alimento espiritual que não conta com outra fonte senão as Sagradas Escrituras. Na Palavra de Deus está o verdadeiro alimento, o restante é falsificação. A Palavra de Deus até pode ser uma salada com pouco tempero, mas é o que faz bem ao espírito. As filosofias humanas até podem ser um calórico e gostoso hambúrguer, mas não é disso que a alma carece. Assim como a abstinência de açúcar num primeiro momento leva à irritabilidade e depois se traduz em acréscimo de energia, também a abstinência do pecado parece a perda do conforto, mas a longo prazo faz de nós sujeitos mais fortes. Quem é que por falta de tempo deixa de comer por dias e dias? Ninguém, chegou a ora da refeição nos pomos à mesa. Já quando o assunto é espiritualidade, dizemos com facilidade que o tempo está escasso. O jejum da oração é tão maléfico quanto é benéfico o jejum de alimentos materiais. No fundo, a opção é entre ser corporal ou espiritual. Há quem diga que era equivocado o dizer nas cruzes católicas missionárias: “Salva tua alma”. Porque não estaria contemplando o corpo. Em verdade, digo, que se nos preocuparmos suficientemente com o bem de nossa alma, Deus dará conta de salvar o corpo por acréscimo. O foco deve ser a alma mesmo. O corpo está para a alma como a indumentária está para o corpo. Do que adianta o vestuário estar zero bala se o corpo é decrépito, ou, em linguagem espiritual, o que adianta um belo corpo se a alma está uma feiura só? Assim como o tecido se rasga e é lançado fora também o corpo um dia perece e o incorruptível é só o espírito e a alma. Se cada um não cuidar do seu maior bem que é alma, quem o fará? O dever dos pais é salvar a si mesmos e encaminharem os filhos para a salvação. Porque será cobrado de nós o que fizemos de nós mesmos e de nossos filhos. A vida é um sopro. Finados é um dia de reflexão. Hoje levamos flores ao cemitérios, e, se tivermos a mesma sorte de nossos ancestrais, alguém depositará flores sobre os nossos túmulos. Mas quando os que fazem a rememoração forem eles mesmos extintos e eles mesmos rememorados, quem se lembrará de nossa tão curta existência? Só mesmo Deus. Nós somos um sopro e a nossa lembrança nada mais é do que um segundo sopro. O indivíduo alcançará seu termo, a espécie alcançará seu termo e o próprio planeta alcançará seu termo. O que será deste endereço cósmico chamado Terra cujo inquilino se chama gênero humano, quando em verdade, somos possuidores precários conquanto não paguemos aluguéis a quem quer que seja senão as gerações primeiras às segundas. Mas mesmo que sejamos sustentáveis enquanto espécie nada assegura que o sistema solar seja sustentável por tempo indefinido enquanto passageiros dessa dança tão bela e tão mística. Qual passarinho no cume dum morro a desmoronar que não alcança o topo do escarpado mais próximo vindo a fenecer antes disso, este é o homem preso no planeta azul. Finados deve nos levar a pensar nisto tudo. Se a história humana findar, e eu creio nisso, com a segunda vinda de Cristo, este será o melhor de todos os fins, ainda que o fim não seja bom exatamente para todos por força da Palavra Divina.