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Rombo nas contas públicas pode superar R$ 110 bilhões, diz Tesouro

Quinta, 29 de outubro de 2015

 

'Pedaladas' que podem ser abatidas na meta de 2015 somam R$ 50 bi.
Governo admitiu na terça risco de rombo de R$ 62,8 bi sem as pedaladas.

 

 

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, admitiu nesta quinta-feira (29) que o rombo nas contas do governo podem superar a marca de R$ 110 bilhões em 2015, caso não ocorra, neste ano, o leilão das hidrelétricas, previsto para novembro, e que tenham de ser pagas em 2015 todas as "pedaladas" fiscais do ano passado - as dívidas da União com os bancos públicos.

 
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Na terça-feira, o governo federal revisou a meta fiscal para 2015 para um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 51,8 bilhões, mas já tinha admitido que o valor do rombo poderia ser maior caso seja incluído o pagamento das pedaladas e não se confirme areceita de R$ 11 bilhões prevista com o leilão de hidrelétricas.

Na véspera, o relator da peça orçamentária de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), játinha alertado que o rombo das contas públicas pode passar de R$ 100 bilhões neste ano.

Pagamento de pedaladas
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, havia R$ 50 bilhões em passivos com os bancos públicos no fechamento de 2014 no processo que ficou conhecido como as "pedaladas fiscais" - que levou à reprovação das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Destes valores devidos aos bancos, informou ele, R$ 17 bilhões foram pagos pelo governo de janeiro a setembro de 2015.

Entretanto, o secretário acrescentou que houve "atualização" dos valores, com incorporação dos juros incidentes nestas operações, além de novas "obrigações" neste ano. Com isso, ainda segundo o secretário do Tesouro Nacional, o valor que poderá ser abatido da metas fiscais permanece em R$ 50 bilhões - mesmo com o pagamento de R$ 17 bilhões das "pedaladas" do ano passado.

 
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Revisão da meta fiscal
Segundo proposta de alteração da meta fiscal de 2015, encaminhada nesta semana pelo governo ao Congresso Nacional - que ainda tem de ser aprovada pelo Legislativo - o governo revisou para baixo a meta fiscal de 2015 para um déficit de R$ 51,8 bilhões - o que já será o maior rombo fiscal da história - para as contas do governo.

Além disso, o governo admitiu que poderá abater na meta mais R$ 11 bilhões, aumentando o déficit para R$ 62,87 bilhões, caso o leilão das hidrelétricas não aconteça neste ano, conforme o previsto. O leilão está marcado para o dia 25 de novembro.

O documento informava ainda que a meta de déficit poderia ser elevada caso fossem incorporadas neste ano o pagamento das pedaladas fiscais, mais não citava valores.

Considerando então os R$ 50 bilhões pendentes das chamadas "pedaladas fiscais", o rombo em 2015 nas contas do governo pode chegar a R$ 112,8 bilhões.

Setor público consolidado
Para todo o setor público consolidado, englobando os estados e municípios, o déficit poderá atingir um valor um pouco menor: de até R$ 109,9 bilhões neste ano.

Isso porque, para todo o setor público, a meta é de um déficit fiscal de R$ 48,9 bilhões em 2015 - que pode ser acrescido de R$ 11 bilhões de uma eventual frustração do leilão das hidrelétricas e de mais R$ 50 bilhões das pedaladas fiscais.

Nesta semana, o Executivo manteve, no documento enviado ao Congresso, a meta, somente para estados e municípios, de um superávit de R$ 2,9 bilhões neste ano, e fixou um déficit de R$ 51,8 bilhões para as contas do governo em 2015.

Resultado até setembro
De janeiro a setembro, o Tesouro Nacional informou que as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 20,93 bilhões - o pior resultado para o período em 19 anos.

"Estamos mostrando todo um esforço fiscal que, por um lado, faz a redução onde é possível no corte de gastos e que, por outro, também está pagando os passivos encontrados no inicio de 2015. Para umas rubricas, faz sentido fazer pagamento imediato [dos passivos]. Para outras, parcelar. Mas tudo isso tem de passar por uma conversa com o TCU. [Para o débito com o] FGTS, posso propor escalonado, e para outros, de imediato. Por isso não tenho uma resposta definitiva. Depende de cada tipo de passivo e, com a prudência necessária, fazer a proposta ao TCU", explicou Saintive a jornalistas.

selo meta fiscal revisão 2015 (Foto: Editoria de Arte/G1)selo meta fiscal revisão 2015 (Foto: Editoria de Arte/G1)


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