O auditório do Centro Administrativo Leopoldo Zschoerper foi o ponto de encontro dos participantes da sexta reunião comunitária de Revisão do Plano Diretor. No local reuniram-se moradores da Regional 3, que abrange os bairros 25 de Julho, Schramm, Progresso, Rio Negro e Centro.
O secretário de Planejamento e presidente do Núcleo Gestor, Cássio Luiz Zschoerper, abriu os trabalhos agradecendo a participação da comunidade e destacando a importância de um planejamento participativo. “A revisão do plano é o momento dos cidadãos opinarem e definirem prioridades para os próximos dez anos”, disse. Em seguida, o engenheiro Paulo Schuhmacher apresentou dados sobre população, saúde, educação, economia e quantidade de vias existentes nos bairros da Regional 3.
A arquiteta Nathalia Zattar, da Amunesc (Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina), comparou o Plano Diretor ao regimento de um condomínio. “É como se a cidade fosse um condomínio habitado por todos nós, por isso precisamos definir juntos algumas diretrizes”, afirmou. Ela destacou que o plano estabelece regras para o uso e ocupação do solo, ou seja, determina que áreas serão industriais, comerciais ou residenciais, e também os espaços destinados à preservação ambiental e histórica. Outras questões como limites entre zonas ruaris e urbanas, espaços para moradia e mobilidade também integram o plano diretor.
Divididos em grupos, conforme os bairros de origem, os participantes realizaram um debate em três etapas. Primeiro responderam à pergunta “qual a cidade que queremos?”, depois apontaram pontos positivos e negativos dos respectivos bairros. As sugestões e opiniões foram registradas em tagetas de papel, colocadas em murais. O próximo passo foi escolher as prioridades e eleger os delegados que vão participar da estruturação final do plano.
O Centro tem o maior índice de vias pavimentadas do município, 71% dos 43,5 km de ruas. Nos bairros 25 de Julho e Schramm, o índice é de 48% e no Progresso, 45%. Corrigir o déficit de pavimentação que se acumulou ao longo da história de São Bento do Sul está entre as preocupações dos moradores. Entre os moradores do Schramm outro assunto bastante discutido foi a prevenção a alagamentos em áreas de risco, como a rua Frederico Keil, por exemplo. Integrantes do núcleo gestor e do grupo interlocutor da prefeitura também participaram da reunião.
Programação de hoje
Nesta quarta-feira (28) é a vez dos representantes da sociedade civil organizada opinarem sobre o planejamento da cidade. Associações, clubes de serviço e outras organizações não-governamentais são esperados para o encontro que começa às 19 horas, no auditório do Centro Administrativo