O ausente é mesmo o Poder Público

O povo é solidário e participativo. Até mesmo nas grandes tragédias, o último a chegar é o Poder Público. Basta ver quando das enchentes ou outras desgraças, se não for o pronto atendimento feito pelas pessoas que se organizam, o Estado, primeiro espera o tempo melhorar para sobrevoar as regiões e locais atingidos para depois aguardar relatórios, decretos e elaborar estudos. Mostra todo o despreparo dos órgãos chamados de Defesa Civil, que não são preventivos, mas paliativos e só agem sob pressão. O momento é farto em exemplos. Mas, queremos também abordar o caso das instituições de voluntários, estes abnegados que dedicam seu tempo na atenção e cuidado de outras pessoas. Temos a Rede Feminina de Combate ao Câncer, Apae, Asfa, ANCPP (Parkinson), entre outras de atuação diária e que dependem de recursos e apoios. Mais uma vez o grande ausente é o Poder Público. Todas estas e outras entidades dependem de recursos e da ajuda humanitária e de empresas. Vemos mais uma vez o Estado ausente. Em São Bento do Sul não é diferente e todos estão sempre de pires na mão, não para tentar sobreviver, mas para dar sobrevida a outros. Finalmente acreditamos que o prefeito Fernando Tureck esteja tomando uma atitude lúcida e corajosa ao anunciar o rompimento da cessão de funcionários para órgãos estaduais. Estava mais que na hora de alguém tomar uma atitude e uma posição. É preciso economizar nestes gastos que são obrigação do Governo do Estado e suprir nossas necessidades com enfermeiras, auxiliares e até recursos financeiros para nossas entidades assistenciais. Que cada um assuma e responda pelas suas responsabilidades. Basta ver o caso do nosso Hospital, que é particular e para receber o que o Estado deve só mesmo na Justiça. Vamos fazer nosso dever de casa e exigir de nossos “representantes” trabalho e ações no sentido de exigir do Governo que assuma de fato e não só de direito.