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Indústrias de SC investem no Paraguai porque o custo é menor

Segunda, 19 de outubro de 2015

Buddemeyer,  marca de itens de cama e banho para a classe A, se tornou sócia de um fornecedor paraguaio há cerca de seis meses

 

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Sede da companhia no Paraguai (Foto Divulgação)
  
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Sede da companhia no Paraguai (Foto Divulgação)
  

Estado – Enquanto o Brasil segue mergulhado em crise político-econômica sem prazo para acabar, indústrias catarinenses seguem investindo, mas no Paraguai. Pelo menos sete companhias do Estado abriram unidade no país vizinho se tornando multinacionais e a maioria é do setor de confecções. Estão por lá a pioneira Tigre, de tubos e conexões, de Joinville; Fio Bras, de Indaial, que produz fios acrílicos ao setor têxtil; Grupo Dass, de Saudade, que faz moda esportiva; Grupo Lunelli, de Guaramirim, que atua com moda; Buddemyer, de São Bento do Sul, do setor de têxteis para o lar; Cativa, de confecções, de Pomerode; e a Brandili, de Apiúna, que produz moda infantil. O que torna o país vizinho tão atraente a ponto de mais de 400 empresários empresários terem viajado pra lá nos últimos anos? É um ambiente de negócios muito mais favorável ao do Brasil. A última missão foi em meados de setembro e teve até a participação do ministro de Desenvolvimento, Armando Monteiro.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis e de Vestuário de Blumenau (Sintex), Ulrich Kuhn, o Paraguai atrai porque é um país extremamente fácil, desburocratizado. Apesar dos custos dos salários serem semelhantes aos do Brasil, os encargos indiretos representam 37% do valor pago ao trabalhador. Aqui, chega perto de 100%.

“Se não fosse o custo do capital intensivo, muitas indústrias de fiação migrariam para o Paraguai porque elas têm alto custo de energia aqui”, explica o presidente do Sintex.

A Buddemeyer, de São Bento do Sul, marca de itens de cama e banho para a classe A, se tornou sócia de um fornecedor paraguaio há cerca de seis meses. Segundo o diretor financeiro da empresa, Evandro Müller de Castro, é um projeto-piloto, um negócio pequeno de confecção de produtos de cama.

“O ambiente de negócios no Paraguai é muito melhor do que o nosso. O sistema tributário do país é extremamente simplificado e a energia elétrica está 80% mais barata por lá”, conta Müller.

O Grupo Lunelli iniciou atividade em filial de confecção no Paraguai há seis meses, onde emprega 30 pessoas. O valor do investimento não é revelado, mas o grupo que emprega 3,8 mil pessoas no Brasil, busca redução de custo. Entre as marcas do grupo estão a Lez a Lez, Lunender, que acaba de lançar campanha com a atriz Sophie Charlotte.

 

Menos da Ásia

A estratégia da maioria das empresas de confecções de produzir no Paraguai é reduzir as importações da Ásia. É o caso da Cativa, de Pomerode, que abriu unidade no país vizinho em 2013. Hoje emprega diretamente 170 pessoas e deve fechar 2015 com produção de 300 mil peças de tecidos planos no país vizinho.

 

Tigre é líder no país

A pioneira catarinense a ter fábrica no Paraguai foi a Tigre, em 1977, com a Tubopar. Hoje, é líder absoluta no mercado e exporta para os demais países do Mercosul e Chile.Produz tubos,conexões e acessórios em plástico para uso predial, em infraestrutura, eletricidade, irrigação e indústria. A unidade fica em Lambaré, região de Assunpção, a capital do país. Foi com ela que a Tigre se tornou multinacional. É uma das 13 unidades do grupo no exterior. 



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