A jovem Caroline Ghizoni Slachta, de 18 anos, foi enterrada, nesta sexta-feira, em um cemitério de Morro da Fumaça, em Santa Catarina. Parentes, vizinhos e amigos da vítima estiveram presentes na despedida. A adolescente foi encontrada morta dentro da própria casa pelo avô, na quinta-feira.
— Foi um adeus emocionante. A cidade está muito chocada com esse caso. Há anos não víamos uma situação que comovesse tanto nossa comunidade. Estamos esperando por justiça nesse caso — comentou Samuel Woiciekowski, morador do Morro da Fumaça, que participou do enterro.
Nesta sexta-feira, o delegado titular da delegacia de Urussanga, Marcelo Vianna, que apura o assassinato, informou que ainda não é possível apontar um suspeito pelo crime.
— Desde ontem, estamos trabalhando com afinco para resolver o caso. Estamos fazendo diligências e conversando com vizinhos e parentes para ajudar na resolução desse crime. Mas, para não atrapalhar as investigações, não podemos divulgar mais detalhes — disse Vianna. Ainda segundo o delegado, a vítima foi atacada diversas vezes com um objeto cortante - que pode ser uma faca - nos membros superiores e no rosto.

Caroline ficou dormindo em casa, quando a mãe dela saiu para trabalhar, por volta das 7 horas de quinta-feira. A jovem tinha combinado com o avô de encontrá-lo na casa dele para eles irem juntos ao supermercado. No entanto, como ela não apareceu no horário combinado, ele foi até a residência da neta.
— Chegando ao local, o avô da vítima viu a porta fechada e um par de chinelos na entrada. Ele bateu, mas não teve resposta. O homem voltou para casa dele. Pouco depois, ele tentou ligar para o celular da neta e não teve retorno. O avô voltou até a casa de Caroline. Lá, ele já encontrou a porta aberta e os chinelos tinham sumido. Ele foi no quarto, onde encontrou o corpo, cercado de muito sangue — disse o policial civil Carlos Eduardo Silveira, da delegacia do Morro da Fumaça, que esteve no local. Segundo o agente, a vítima estava seminua, sem a parte de baixo da roupa.

Para o avô da vítima, Eugênio Ghizoni, de 63 anos, o assassino da neta pode ser conhecido da família.
— Ela, pelo jeito, lutou contra o agressor. Havia muito sangue. É uma tristeza — contou Eugênio. — Ela não tinha namorado, era uma menina muito boa. Pode ter sido um bandido que fez isso. Mas possivelmente foi um conhecido.
O resultado dos exames feitos no corpo de Caroline no IML sai nos próximos dias. O laudo vai apontar se ela sofreu abuso sexual antes de morrer. De acordo com a perícia, a casa da vítima não foi arrombada.