A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou os ratings de crédito de longo prazo em moeda estrangeira de Santa Catarina de BBB- para BB+. São Paulo e Minas Gerais também tiveram o mesmo rebaixamento. Com isso, esses Estados passam a ser classificados como grau especulativo.
Em abril, a agência havia determinado a manutenção da nota de Santa Catarina. Na época, a Standard & Poor´s havia reafirmado os ratings de emissor ‘BBB-’ na escala global e ‘brAAA’ na escala nacional ao Estado, com perspectiva estável. O rating é uma análise feita por agências financeiras sobre a capacidade de um órgão (país, Estado, município ou empresa) de saldar compromissos financeiros.
Na época, o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni, afirmou que a avaliação financeira do Estado por parte de uma instituição com a credibilidade da Standard & Poor’s é uma demonstração ao mercado e à sociedade catarinense da seriedade com que temos administrado as contas do governo.
A S&P também rebaixou o rating do Estado do Rio de Janeiro de BB+ para BB e o rating da cidade do Rio de Janeiro de BBB para BBB-. A perspectiva do rating em escala nacional brAAA da cidade do Rio de Janeiro foi revisada de estável para negativa.
Em escala nacional, os ratings de Santa Catarina foram rebaixados de brAAA para brAA+, assim como São Paulo. O Estado do Rio de Janeiro foi rebaixado de brAA+ para brAA- e o de Minas Gerais foi rebaixado de brAAA para brAA. A S&P manteve a perspectiva negativa dos ratings de longo prazo em moeda estrangeira e dos ratings em escala nacional.
As decisões foram tomadas depois de a S&P rebaixar, na quarta-feira, o rating do Brasil de BBB- para BB+, tirando o grau de investimento soberano.
"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam crescendo, pressionando a capacidade e a disposição do governo de apresentar um Orçamento de 2016 para o Congresso consistente com a correção política significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", comentou a agência.
Segundo a S&P, diante do cenário de contração econômica do Brasil, o crescimento econômico, os níveis de emprego e as receitas desses governos locais e regionais sofrerão no restante de 2015 e em 2016.
"Além disso, eles têm habilidade muito limitada para cortar custos, tendo em vista os altos e estruturalmente rígidos gastos operacionais e necessidades urgentes de infraestrutura", disse a S&P.