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SC fecha primeiro semestre de 2015 com 7% de crescimento na abertura de novos negócios

Quarta, 26 de agosto de 2015

 

Chance de trocar a carteira assinada pela oportunidade de empreender foi uma das razões que motivou o resultado no Estado

SC fecha primeiro semestre de 2015 com 7% de crescimento na abertura de novos negócios Cristiano Estrela/Agencia RBS
Empresa de móveis planejados aberta este ano já conta com sete funcionáriosFoto: Cristiano Estrela / Agencia RBS
Francelise Martini

reportagem@diario.com.br

Apesar da crise que preocupa o país, o empreendedorismo catarinense dá sinais de fôlego. Nos seis primeiros meses deste ano, a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc) registrou um aumento de 7,04% na abertura de novas empresas no Estado. Foram criados 41.045 negócios, número que ultrapassa o registrado no mesmo período do ano passado, de 38.347.

O desaquecimento do mercado de emprego é uma das razões que explicam esse crescimento. Segundo o presidente da Jucesc, André Bazzo, foi uma das maneiras que o trabalhador desempregado encontrou garantir renda e se manter ativo:

— Tivemos um alto índice de desemprego nos últimos meses, e o investimento em um negócio próprio foi uma das soluções encontradas para o trabalhador voltar ao mercado.

De acordo com Bazzo, as áreas mais buscadas para empreender em Santa Catarinaforam de consultoria de serviços, alimentícia, como restaurante e padaria, e também comércio de confecções.

Para o gerente de Gestão Estratégica do Sebrae, Jackson da Silva, os catarinenses perceberam na crise uma oportunidade de empreender. Ele cita a pesquisa feita pelo Monitor Global de Empreendedorismo (GEM) que mostra que 76% dos brasileiros pensam em abrir um negócio próprio e 50% abrirá um negócio próprio dentro de cinco anos.

— A mesma pesquisa mostra  que as pessoas criam negócios porque enxergam oportunidade de crescer e independência pessoal. Penso que o momento foi o estímulo necessário para quem estava acomodado colocar em prática a oportunidade de melhorar a renda futura — diz o consultor.

Apesar de o empreendedorismo aparecer como uma alternativa de independência e lucro para muitos, é preciso mais do que vontade. De acordo com a consultora da ParMais Planejamento Financeiro, Flávia dos Anjos, para abrir um negócio não basta só ter talento, é necessário ter noção de administração.

— Por exemplo, se a pessoa não tem o perfil para administrar, é mais sensato fazer uma aplicação financeira do FGTS do que usá-lo para empreender em algo que não sabe o que irá fazer.

De acordo com Flávia, o maior erro de quem abre um negócio é confundir o faturamento da empresa com o pessoal. Com isso, é comum não conseguir ter capital de giro para a empresa, e o negócio acaba fechando.
 
Encerramento está mais fácil
 
O índice de fechamento de empresas no primeiro semestre de 2015 também foi maior que 2014. Neste ano foram encerradas 1.392 e no ano passado 11.224, totalizando 18,42% a mais.

Bazzo, presidente da Jucesc, comenta que o crescimento  foi motivado pela mudança da lei, desde fevereiro, que facilitou a extinção da empresa. Quem quiser fechar uma empresa basta procurar a Junta Comercial e apresentar um único documento. O fechamento será automático.

O procedimento também pode ser feito pela internet se a empresa tiver assinatura digital, um registro eletrônico da empresa.

Na contramão, os setores que mais colaboraram para abertura de empresas foram comércio e serviços, seguidos pela indústria de transformação e de transporte.

Projetar o sonho de outras pessoas
 
O desejo de projetar o sonho de outras pessoas e o cenário econômico negativo da empresa onde trabalhava nos últimos 10 anos fez a administradora de empresas Lani Ulanoski abrir seu próprio negócio. A empresa foi aberta em janeiro deste ano, e atua no ramo de móveis planejados, no município de São José.

Lani conta que tinha uma reserva financeira guardada. Com a orientação e consultoria do Sebrae, a administradora decidiu abrir a própria empresa.

— Então comprei máquinas modernas e através de uma rede de antigos clientes e amigos comecei a orçar projetos para decoração de apartamentos. Trabalho com estoque reduzido e maior tempo para entrega, mas garantindo a qualidade da finalização do produto — diz Lani.

De acordo com a administradora, até agora o resultado está sendo positivo. O crescimento é, principalmente, por meio da indicação de dos clientes para outros potenciais consumidores.

— A empresa conta com sete funcionários, mas já existe a demanda para contratar mais três.

Cinco dicas antes de abrir uma empresa

Uma grande ideia na cabeça e a vontade de tornar-se dono do próprio negócio são apenas os primeiros passos antes de empreender. Segundo dados do IBGE, de cada 100 empresas abertas no Brasil, 48 encerraram as atividades nos primeiros em três anos. Por isso, planejamento e pesquisa são fundamentais antes de abrir as portas. Veja abaixo cinco passos essenciais de acordo com consultores do setor:
 
1 - Conhecimento do produto e mercado
 
Essa ferramenta é fundamental para definir a estratégia de atuação da empresa.

A avaliação é  do gerente de Gestão Estratégica do Sebrae, Jackson da Silva. O levantamento ajuda a decifrar o público-alvo, as necessidades e hábitos.

— Existem cursos online rápidos e gratuitos que orientam sobre ideias de negócios.
 
2 - Plano de negócio e fluxo de Caixa
 
É fundamental fazer um planejamento financeiro do dia-a-dia da empresa. – Os empreendedores precisam conhecer a demanda, custo de investimento e o custo fixo. Ele não pode contar com retorno imediato da receita, o tempo média é de um a dois anos para retirada de dinheiro do caixa – diz Flávia dos Anjos, da Par Mais.
 
3 - Formalize
 
A empresa formal tem mais chances de fechar parcerias, acessar a linhas de crédito, exportar e receber subsídios do governo. É mais segurança para os investimentos feitos na empreitada, que viverá em conformidade com as leis federais e estaduais.

A informalidade é um risco para o empreendedor.
 
4 - Percepção da oportunidade de crescimento
 
A oportunidade é uma necessidade do cliente que não está sendo atendida. Pode ser até a antecipação de uma  necessidade que ainda não foi percebida. É preciso conhecer o público para oferecer-lhe um produto. O ideal é encontrar respostas para: que necessidades não estão atendidas? Quanto esse consumidor quer pagar? Com que frequência consome?
 
5 - Profissionalização dos serviços
 
Mesmo que o negócio seja pequeno é necessário buscar parcerias, através de consultoria ou profissionais da área.

Isso é fundamental para o sucesso da empresa.

— O empreendedor acha que vai conseguir dar conta sozinho do negócio, o que não é verdade. Ele precisa ter um suporte porque são muitas variáveis que impactam diretamente no dia-a-dia, principalmente, na parte financeira e trabalhista — afirma Flávia, consultora da Par Mais.



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