Emoção, música e alegria. Esse foi o resultado do concerto comemorativo aos 60 anos da Orquestra São Bento do Sul, realizado na noite de terça-feira (30), na Sociedade Ginástica e Desportiva São Bento. Com auditório lotado, a apresentação também foi uma oportunidade de reencontro com ex-integrantes.
Dario Boehm veio de Joinville para rever os amigos e receber uma homenagem, junto com outros integrantes da primeira formação, da orquestra. “Eu ainda me lembro da nossa apresentação de estreia. A gente nem tinha medo do público porque éramos muito jovens”, comenta. Com Dario também vieram o filho, Fernando, e o neto, Vinícius, de 12 anos, que também se dedicam à música. O engenheiro Arno Bollmann veio de Florianópolis para participar da comemoração. “Eu entrei na Escola de Música no ano da fundação, em 1954. No ano seguinte já se formou a Orquestra Juvenil, eu tinha uns 12 anos. A música continua fazendo parte da minha vida e as amizades daquela época também permanecem”, destacou enquanto apreciava a exposição de fotografias que resumiam em imagens a história da Orquestra.
Na segunda parte do concerto, alguns dos integrantes da primeira formação subiram ao palco para interpretar, junto com os demais músicos, a peça “O Concertino”, composta pelo maestro Edy Gloss especialmente para a então Orquestra Juvenil. Para Leonardo Beleboni Guzatto, 14 anos, o mais jovem integrante da Orquestra São Bento do Sul, o encontro de diferentes gerações é sempre um aprendizado. “Comecei a fazer parte do grupo este ano e sei que tenho muito a aprender; recebo todo apoio dos músicos mais experientes, assim como do maestro”, afirmou.
Durante o concerto houve homenagem ao maestro Joaquin Rebollo Couto, a ex-maestros e ao Grupo Tuper, que há anos patrocina a Orquestra. A spalla Christa Bollmann Weiss, que integra o grupo desde sua fundação, também recebeu o carinho dos colegas. “É um orgulho para os são-bentenses contar com uma orquestra que cultiva a música há tantos anos e de modo ininterrupto”, destacou o presidente da Fundação Cultural, Braulio Hantschel.
Participação inusitada
Com repertório que incluiu de Strauss II a Rossini, e de “Pompa e Circunstância” de Elgar ao “Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos, a Orquestra foi aplaudida em pé várias vezes. O momento inusitado, com direito a bis no final, ficou por conta da interpretação de “The Typerwriter”, de Leroy Anderson, que contou com um instrumento incomum: uma máquina de escrever, “tocada” pelo músico André Fagundes.
Após o concerto, foi a vez da plateia cantar o Parabéns a Você, com direito a bolo de aniversário.
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