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Polícia diz que dois adolescentes podem ter matado 14 pessoas em Santa Catarina

Quinta, 14 de maio de 2015

 

Mortes são investigadas em Criciúma, no Sul, e Camboriú, no litoral Norte.

 
Polícia diz que dois adolescentes podem ter matado 14 pessoas em Santa Catarina Diorgenes Pandini/Agencia RBS
Pichações que indicam presença de facções são comuns na periferia de Criciúma.Foto: Diorgenes Pandini / Agencia RBS

No momento em que o Brasil volta a discutir a redução da maioridade penal, a ação das polícias em Criciúma, no Sul, traz dados assustadores sobre a dimensão do envolvimento de garotos com a violência em Santa Catarina.

Policiais afirmam que apenas dois adolescentes apreendidos nos últimos dias seriam responsáveis por ao menos 14 assassinatos no Estado.

Os números do massacre de vidas tendo menores de 18 anos como autores, conforme dados da Polícia Civil, apontam até agora 10 mortes em Criciúma e outras quatro em Camboriú, cidade em que um dos adolescentes residia antes de se mudar para o Sul.

O desafio dos policiais é descobrir se esses jovens são de fato os responsáveis pelos homicídios ou se estão acobertando os verdadeiros matadores e mandantes, provavelmente ligados à facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), a quadrilha que comanda delitos dentro e fora das prisões catarinenses.

A realidade infanto-juvenil no crime já havia sido alertada na semana passada em Criciúma pelo secretário da Segurança Pública, o promotor César Grubba, ao deflagrar a Operação Criciúma Segura justamente para frear os assassinatos.

Foi quando as autoridades relataram que um adolescente de 16 anos apreendido estaria envolvido diretamente na autoria de 10 homicídios, sendo seis em Criciúma e quatro no bairro Monte Alegre, em Camboriú, bairro em que morava.

Nesta quarta-feira, a ação da Divisão de Investigação Criminal (DIC) em conjunto com a força-tarefa apreendeu outro adolescente, também de 16 anos, no Bairro Renascer supostamente autor de outras quatro mortes — ele é suspeito ainda de outras três tentativas de homicídio.

— O que sabemos é que a grande maioria dessas vítimas era usuária de drogas, que esses autores são violentos, têm papel relevante no comando do tráfico e também costumam consumir drogas — ilustra o delegado Juarez de Souza Medeiros, diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis e que atua na força-tarefa em Criciúma.

A consequência em áreas esquecidas

O que chama a atenção em Criciúma é que esses adolescentes vivem em regiões de periferia, ou seja, áreas empobrecidas que não recebem a devida atenção do poder público em políticas sociais.

Em Criciúma, á a chamada região do bairro Mina Quatro, tendo como área crítica principalmente o bairro Renascer. Pelas ruas, uma das carências mais notáveis é a falta de saneamento básico.

Em Santa Catarina, esse tipo de situação aconteceu — e ainda acontece — em outros bairros de periferia que não ganharam durante anos ações sociais e se tornaram conhecidos como pontos de violência a partir do domínio de traficantes.

Por exemplo, o Monte Alegre em Camboriú, o Jardim Paraíso em Joinville, a Frei Damião em Palhoça e a favela do Siri, no Norte da Ilha, em Florianópolis.

Para policiais que apuram crimes nessas regiões, está claro que apenas força policial não irá poupar outras vidas nem livrar esses lugares do rótulo de violentos.



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