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O técnico do campeão paranaense de futebol, já trabalhou em São Bento do Sul

Quinta, 07 de maio de 2015

 Itamar Schülle foi campeão paranaense com o Operário Ferrovário No último domingo, o Operário de Ponta Grossa aprontou a maior zebra das finais de Estaduais pelo Brasil, batendo o Coritiba por 3 a 0 em pleno Couto Pereira e levantando a taça do Campeonato Paranaense pela primeira vez na história. O responsável por tudo isso foi um catarinense de 48 anos, nascido em Ituporanga. Trata-se de Itamar Schülle, treinador com 13 anos de carreira e muitos times no currículo, que chocou a capital do Paraná ao passar por cima do "Coxa", um time de Série A do Brasileiro, como um rolo compressor nos dois duelos decisivos. Antes de alcançar o sucesso, porém, ele teve que ralar muito. Conseguir a primeira chance como técnico profissional foi dureza para Itamar. Em 2002, arrumou emprego no Alto Vale, do Rio Grande do Sul, mas durou pouco no cargo. Desempregado, não encontrava portas abertas em lugar nenhum. Já pensava em desistir da carreira e fazer outra coisa da vida. Foi aí que sua esposa, Aline, resolveu agir e mudar a vida do casal. Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé. Em 8 de outubro de 2003, ela fundou, com a ajuda de amigos, o São Bento Esporte Clube em Santa Catarina, e tornou-se a primeira presidenta da equipe da cidade de São Bento do Sul. De cara, já anunciou: o novo técnico do clube é o senhor Itamar Schülle. Seu próprio marido. Que acabou assumindo não só como treinador, mas como faz-tudo do time. "A grana era curta a realidade financeira era complicada. Tive que fazer peneiras para selecionar jogadores em vários lugares, até em São Paulo. Explicava para os jogadores que a realidade era difícil e que eles precisavam compreender", lembra Itamar, em entrevista à Rádio ESPN, antes de contar que ajudou até mesmo a fazer o estádio do time. "Não tínhamos estrutura nem dinheiro. Eu ajudei a construir as arquibancadas, carreguei tijolo, fiz massa... E ainda cuidava do gramadoe da comida dos jogadores!", conta. Enquanto Itamar dava duro comandando o time e batalhando na obra, Aline também executava múltiplas funções. Além de cuidar da parte executiva, ela limpava os vestiários e até lavava os uniformes dos atletas, já que a equipe não tinha lavadeira. O hoje campeão paranaense nunca se esquece do que ele e a esposa passaram juntos. LUCIANO LEON/RAW IMAGE/GAZETA PRESS Itamar Schulle Tecnico Novo Hamburgo ABC Copa do Brasil 30/07/2014 Itamar nos tempos de Novo Hamburgo "Ela embarcou comigo nesta aventura quando não tínhamos nem tanto tempo de casados, e a gente tinha uma filha pequena para cuidar. Foi a maior prova de amor da minha vida", relata. No São Bento, Itamar Schülle já mostrou que entendia do riscado. Mesmo sem estrutura alguma, montou um time que ficou 14 jogos invicto e, logo em seu primeiro campeonato, terminou em terceiro lugar e conquistou o acesso para a segunda divisão catarinense. O treinador chamou a atenção do Nacional do Paraná, que o contratou na sequência. Já o time fundado por sua esposa disputou a Segundona por dois anos, mas depois decidiu fechar as portas. Era hora de Itamar começar sua caminhada Brasil afora. De andarilho a campeão De 2003 em diante, o treinador iniciou um périplo de 17 times até chegar o Operário. Passou, por exemplo, por Figueirense, Metropolitano, Joinville, Brasil de Pelotas, Criciúma, Botafogo-PB, Chapecoense, Santo André, Caxias e Novo Hamburgo antes de acertar com o clube alvinegro de Ponta Grossa, no final de 2014. No começo de 2015, seu pensamento não era dos mais positivos. "Como no ano passado o clube lutou ano contra o rebaixamento, a expectativa era de brigar para não cair. Se você me perguntasse no começo do ano se eu achava que íamos ser campeões, eu diria que não, já que não tínhamos nem jogadores", recorda. GERALDO BUBNIAK/GAZETA PRESS Juba Comemora Gol Operario Coritiba Campeonato Paranaense 03/05/2015 Juba, um dos heróis do título alvinegro Com contratações certeiras, como o meia Ruy e o atacante Juba, o Operário embalou. Conhecido como "Fantasma", o clube de Ponta Grossa assombrou todos os adversários até a final, contra o poderoso Coritiba. Todos esperavam o título "coxa-branca", mas a equipe de Itamar Schülle surpreendeu os alviverdes. Venceu a ida por 2 a 0, em Ponta Grossa, e aplicou um histórico 3 a 0 na volta, no Couto Pereira lotado. Campeão incontestável. "As coisas foram acontecendo de uma forma tão natural que fomos crescendo até chegarmos na disputa pelo título. O episódio que marcou a campanha e que foi o ponto de virada foi a derrota para o Paraná. Ali, recebemos muitas críticas, alguns começaram a duvidar do nosso trabalho, porém, nessas horas que você vê o brio o caráter de um elenco. Eles se fecharam de uma forma que resultou nesta conquista", celebra. Não deu outra: Schülle acabou eleito melhor técnico do Paranaense. Já tem em mãos uma proposta para dirigir o Sampaio Corrêa na Série B. Está pronto para alçar voos cada vez mais altos. Tudo por causa de uma aventura maluca de um casal lá em 2003... 622 2cd89aa7 1ddb 356d a86c e28b8bde6515 Assista aos gols da vitória por 3 a 0 do Operário sobre o Coritiba



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