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Empresários de construtora de SC são detidos por crimes imobiliários

Quinta, 23 de abril de 2015

 

Ação cumpriu 3 mandados de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão.
Segundo MP, 8,8 mil consumidores de SC e RS foram lesados por empresa.

 

 

Clientes de SC e RS aguardam por entrega de imóveis  (Foto: Reprodução/RBS TV)
Clientes de SC e RS aguardam por entrega de
imóveis (Foto: Reprodução/RBS TV)

Uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu três pessoas e cumpriu nove mandados de busca e apreensão emCriciúma, no Sul catarinense. Entre os detidos na ação da manhã desta quinta-feira (23) estão o sócio-proprietário e o diretor financeiro da Criciúma Construções. Além deles, o um empresário do ramo de supermercados também foi preso.

De acordo com o Gaeco, a ação é resultado de um ano de investigações. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a construtora vendeu apartamentos sem a prévia incorporação imobiliária, praticou estelionato, parcelamento irregular do solo urbano, falsidade ideológica, fraude processual, ocultação de bens provenientes de infração penal e crimes relacionados à falência da empresa.

Em 2014, o MPSC ingressou com uma ação civil pública contra a empresa e os seus proprietários. O órgão identificou 8,8 mil consumidores de várias regiões de Santa Catarina e do Norte do Rio Grande do Sul lesados pela construtora. Segundo a investigação, a empresa não cumpriu os prazos de entrega dos imóveis que vendeu.

Prisões
De acordo com o MPSC, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco residências e um supermercado de Criciúma, uma empresa em Morro da Fumaça e na sede da construtora, em Içara.

Segundo a assessoria de comunicação, os três suspeitos devem ficar detidos por cinco dias para prestar esclarecimentos. Os responsáveis pela operação não passaram mais detalhes sobre as investigações e ação desta quinta.Conforme o MPSC, as investigações continuam para identificar outras pessoas envolvidas.

G1 tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Equipes do Gaeco de Criciúma receberam apoio de Lages, Itajaí e Florianópolis.

Recorrer à Justiça
Segundo o assessor jurídico da associação que foi criada pelos credores para tentar resolver o problema, o melhor caminho para quem comprou os imóveis e não recebeu ainda é entrar na Justiça.

Em outubro do ano passado o dono da construtora, conversou com a equipe de reportagem da RBS TV e  informou que a inadimplência foi o motivo de atrasos e descumprimentos de prazos. Segundo ele, a empresa estava negociando com os compradores e aos poucos passaria a escritura dos imóveis aos clientes para que eles mesmos pudessem terminar as obras.



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