Intenção é de fazer o festival no dia do folclore, 22 de agosto
São Bento – Com apoio do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), a Fundação Cultural desenvolve, desde o ano passado, um projeto de valorização do folclore germânico e polonês. Oito grupos folclóricos da cidade participam das ações que contam com recursos do governo federal (R$ 100 mil) e contrapartida de R$ 27 mil do município, por meio do Fundo Municipal de Cultura. Na tarde de terça-feira, os coreógrafos e os técnicos da Fundação Cultural reuniram-se para planejar a execução do Festival do Folclore, que ocorre em agosto e também integra o cronograma de ações.
Participam das atividades os grupos Blumental, Böhmerwald, Hercílio Malinowsky, Lustig, Sonnenblumer/Escola Girassol, São Bento, Holstein e Jäger Volkstanzgruppe. Entre as ações custeadas pelo IPHAN estão o pagamento de coreógrafas e oficinas de capacitação, arranjos e gravação de músicas antigas utilizadas nos ensaios, viagens e alimentação para apresentação dos grupos em cidades da região e confecção de um catálogo com o histórico, fotos e contatos de cada grupo. “Esse material será utilizado para divulgação dos nossos grupos folclóricos nos locais onde se apresentam”, explica o presidente da Fundação Cultural, Braulio Hantschel. “No ano passado recebemos a visita de representante do IPHAN que veio acompanhar, in loco, o trabalho dos grupos”, conta.
O Festival do Folclore deverá contar com apresentações de 20 grupos de São Bento do Sul e de outras cidades. “Já estamos trabalhando na organização e a intenção é fazer o festival no dia do folclore, 22 de agosto”, afirma a assistente administrativa da Fundação Cultural, Marla Huebl.
Na opinião de Rose Marie Scharff, uma das folcloristas mais tradicionais de São Bento do Sul, a iniciativa do IPHAN de valorizar o patrimônio imaterial de imigração é fundamental. “As pessoas que trabalham com folclore fazem isso por amor à causa e todo incentivo é bem-vindo”, afirma. Hanstchel lembra que a cidade já contou com mais e 10 grupos folclóricos. “Por conta das dificuldades, alguns foram desistindo, por isso esse projeto é importante, pois se trata de uma importante tradição de nossa cidade que ganha mais reconhecimento”, observa.
Durante o primeiro semestre, os grupos são-bentenses apresentam-se nas cidades de Campo Alegre, Itaiópolis, Rio Negrinho, Mafra, Canoinhas, Jaraguá do Sul, Joinville e Corupá.