O Brasil vive momentos conturbados na sua política e com consequências na economia, inquietação da população, ânimos exaltados de opositores e gente que nem sabe onde o galo cantou, mas que quer entrar na festa. É preciso muita calma nesta hora, embora pareça que os políticos não fazem muita questão disto. A sexta-feira é de expectativas, de revelações, de nomes que estão blindados, de outros que são especulados. Ainda ninguém foi condenado e não podemos construir uma fogueira e jogar todos no mesmo fogo. A tal delação premiada, embora legal, aliás aqui no Brasil tudo é legal e o que não é sempre se acha um jeito de enquadrar. Esta então mais parece premiar uma criança mal educada que quebra a vidraça dando-lhe um pirulito. Que tem gente que merece arder no fogo do inferno não tenho dúvidas. Também tem os inocentes, embora poucos que não merecem ser colocados todos no mesmo tacho. O certo é que a revelação que o STF, através de um ministro catarinense fará hoje, deve ter dado dor de barriga em muito político e talvez até causado falta de papel higiênico nos banheiros. A sociedade brasileira espera com ansiedade a revelação dos nomes dos 54 denunciados, em especial dos 35 políticos envolvidos na operação Lava-Jato, escândalo da Petrobrás. É bom lembrar também que isto não deve construir uma cortina de fumaça para esconder outras falcatruas como do Mensalão Mineiro, dos trens paulistas, das 51 mil empresas envolvidas, do aeroporto do Aécio. Que se passe o Brasil a limpo, mas se lave por inteiro sem que seja necessário limpar apenas uma gota de sangue. Vamos usar mesmo o lava-jato e levar para o ralo o nome destes corruptos que se locupletaram dos cofres públicos. Também muito cuidado com os neopolitizados contra tudo.