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Despertando escritores: Oficina da palavra selvagem

Terça, 03 de março de 2015

São Bento – Com apoio da Fundação Cultural de São Bento do Sul, tem início no dia 11 de março, no Centro Cultural (Cine Brasil), uma oficina literária que se propõe a despertar o gosto pela leitura e pelo desenho.

A Oficina da palavra selvagem pretende descobrir a potência do escritor que há em cada pessoa: a música, o desenho e a leitura, em busca do claro enigma. Orientador: Fernando José Karl.

 

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(Foto Divulgação)
  

Proposta cultural de incentivo à leitura e aquisição de linguagem

A Oficina da palavra selvagem – método alternativo de aquisição de linguagem para despertar o hábito da escrita e da leitura – tem 20 anos de experiência em diversas cidades do país: Curitiba, Joinville, Itajaí, Blumenau, Florianópolis, São Francisco do Sul, Lages e São Bento do Sul, com mais de 1200 pessoas envolvidas.

Nessa Oficina da palavra selvagem, os encontros semanais são marcados pela leitura e degustação conjunta de textos literários, pelo incentivo à apreciação estética e ao compartilhamento de experiências e informações, visando estimular a curiosidade, a sensibilidade, o potencial de comunicação e a criatividade.

Discussões sobre arte, literatura, linguagem, oralidade e escrita fornecem suporte teórico ao processo de produção assistida de textos.

Ludicamente, enquanto escreve, reescreve, troca impressões sobre textos produzidos, parafraseia, inventa, explora o cotidiano ou solta a imaginação, cada participante é estimulado a encontrar e aprimorar sua própria voz.

 

O que é a Oficina da palavra selvagem

Objetivos:

– Revelar o escritor, o orador e o desenhista em cada aluno.

– Desenvolver a habilidade de improvisar.

– Estimular a imaginação e a criatividade.

 

Programa:

1.  Aprender a minimizar o medo e a ansiedade.

2.  Aprender a soltar a voz.

3.  Aprender minimizar a preocupação com a opinião alheia.

4.  Aprender algumas noções de música a partir do canto oral.

5.  Aprender a força que tem a palavra escrita.

6.  Aprender a corrigir a voz trêmula, tiques e maneirismos.

7.  Aprender a usar o humor, o entusiasmo e a emoção para dar vida aos textos escritos.

 

1. Curso que pretende despertar o potencial de escritor que há em cada Um, aliado ao desenho e à música, com técnicas especiais visando desenvolver a micro-língua inconfundível que há neste Um – ali onde respira o ouro da linguagem –, com enfoque especial no resgate dessa matéria fina de toda certeza: a Palavra.

2. Criador e orientador desta Oficina da palavra selvagem há 20 anos, o catarinense Fernando José Karl compilou cerca de 2000 palavras passíveis de poesia, que são utilizadas pelos alunos no “arejamento” de suas próprias linguagens, comumente adormecidas pela prosa rasa dos diálogos, TV’s e jornais diários.

3. Cinco são os movimentos da Oficina da palavra selvagem:

a) Incorporação de um Vocabulário Especial de aproximadamente 2000 palavras – com alta voltagem poética –, colhidas com muito critério do Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa e do Dicionário Houaiss. A função deste vocabulário é aplicar o método de Wittgenstein: “Para se adquirir linguagem é necessário um ensino intensivo de novas palavras significativas”.

b) Observação atenta de desenhos criados por Fernando José Karl especialmente para essa Oficina da palavra selvagem (os chamados “desenhos primitivos”, à maneira de Picasso, Klee, Kandinski, Miró, entre outros), e a imitação – não passiva, mas criativa – de seus traços à procura do próprio estilo de expressão. A pedra de toque de Cézanne: para desenhar bem basta apenas grafar com perfeição uma reta e uma curva.

c) O contato com a técnica propriamente dita da escrita, a Oficina da palavra selvagem propõe o domínio natural da Língua Portuguesa, através de exercícios que estimulem o potencial único de cada aluno, visando à preparação do Vestibular. Para quem aprecia o gênero do Conto ou Romance, técnicas especiais foram desenvolvidas especialmente para esta Oficina da palavra selvagem. Exercícios de leitura e interpretação de clássicos da literatura universal, tais como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Oswald de Andrade, Augusto de Campos, Emily Dickinson, Hilda Hilst, Adélia Prado, Wallace Stevens, William Shakespeare, Jorge Luis Borges, entre outros, ampliam o domínio de linguagens. Mas, como bem escreveu Octavio Paz, é preciso sempre não esquecer que “a poesia é anterior à gramática”.

d) Dicas de oratória – a importância da voz na leitura de poemas – após os exercícios de escrita.

e) A idéia da Oficina da palavra selvagem prossegue na audição da música de Johann Sebastian Bach: ambiente sonoro que sublinha aulas, leituras e diálogos. Bach criou a individualidade do corpo musical, onde a harmonia é mais importante que a melodia. A Oficina da palavra selvagem conclui-se na aplicação, para a construção dos textos, de algumas noções de Física Quântica – que visam despertar a glândula pineal de cada aluno – a partir do seguinte princípio:

Experimentos científicos nos mostram que se conectarmos o cérebro de uma pessoa a computadores e scanners e pedirmos para ela olhar determinado objeto, podemos ver que certas partes do cérebro estão sendo ativadas. Se pedirmos para essa pessoa fechar os olhos e imaginar o mesmo objeto, as mesmas áreas neurais do cérebro se ativarão, como se estivessem vendo os objetos. A verdade é que o cérebro não sabe a diferença entre o que vê no ambiente e o que imagina. E isso é o mesmo que dizer que, para o cérebro, o pássaro azul que ele vê no bosque é tão real quanto o pássaro azul que ele imagina em seus neurônios.

 

Para se inscrever na Oficina

Cronograma para 3 meses de oficina.

Início: de 11 de março até 11 de junho.

Dias: todas as quartas, quintas e sextas do mês.

Horários das turmas:

Tarde: das 15:00 às 18:00

Noite: das 19:00 às 22:00

Local das aulas: Centro Cultural (Cine Brasil).

Inscrições: na sede da Fundação Cultural.

Investimento: R$ 60,00

Público alvo: a partir de 12 anos.

 

Sobre o orientador

Fernando José Karl, 54 anos, é natural de Joinville/SC. É escritor, jornalista, dramaturgo, roteirista de cinema, músico e artista plástico. Autor, entre outros, dos livros “Teares de pedra” (Prêmio Emílio Moura/Minas gerais/1992); “Diário Estrangeiro” (Prêmio Cruz e Sousa/1996/Editora da UFSC); “Travesseiro de Pedra” (Prêmio Cruz e Sousa 1997/Editora da UFSC); “Breviário” (Prêmio da Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/2001); “Brisa em Bizâncio” (Travessa dos Editores/2002); “O livro perdido de Baroque Marina” (Prêmio Cruz e Sousa 2010/Categoria Romance/Editora da UFSC) e “Casa de água” (Antologia em comemoração aos 25 anos de poesia/Editora Letra D’água). Entre suas peças de teatro, cita-se “O aquário de Hilda e o Führer”. Em parceria com o cineasta e fotógrafo Alceu Bett, fez os roteiros de “As mortes de Lucana” (2013), “O aquário de Antígona” (2014), “O golfinho” (2014) e “O voyeur” (2014). Tem três obras-em-progresso: “O livro de cabeceira de Hitler” (Romance); “A última carta de Nietzsche à chuva” (Contos) e “Cadenciando-um-ning” (Poesia).



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