Durante sua manifestação na palavra livre, o vereador Tirso Hümmelgen falou sobre a preocupação dos médicos recém aprovados no concurso não chegarem a assumir suas funções nos PSF’s do município. “Conversando com eles encontramos uma certa dificuldade em assumir o posto de médico pela carga horária de trabalho”, disse.
Segundo o vereador Tirso, que também é médico, os seus colegas de trabalho vêm na carga horária oferecida pelo município uma dificuldade para entrar no serviço público. “Para um profissional médico que estuda anos para se formar não é vantajoso gastar as 8 horas do dia atendendo no serviço público”, disse. Para ele é necessário que a prefeitura apresente o projeto de lei que dê flexibilização da carga horária, podendo o profissional da medicina atuar 20 horas semanais. “Teve inclusive um colega recém aprovado no concurso que está em dúvida se assume a função ou não, pois com a carga horária atual ele não poderá fazer a pós graduação e especialização que deseja fazer”, disse. Além disso a maioria dos profissionais de saúde atuam em consultórios particulares, e com carga completa no município isso não mais poderia ser feito.
Tirso lembrou que ainda em 2014 apresentou proposta de lei para que a prefeitura fizesse esta flexibilização. “Apresentei a sugestão ao executivo mas não encontramos ouvido, não sei se é teimosia, não entendo”, alfinetou o vereador. No projeto, Hümmelgen sugere que a prefeitura disponibilize a opção do profissional médico em optar por trabalhar para o município por 20 ou 40 horas semanais. “Com isso iriamos atrair mais profissionais e o município não correria o risco de ficar sem médicos para atender a população”, falou.
Em apoio ao vereador
Vereador Peter Kneubuehler, que também já foi secretário de saúde do município, falou sobre a questão legal neste tipo de contratação. “Esta flexibilização de horário inclusive é uma sugestão do próprio ministério da saúde, não é nada inconstitucional ou mesmo contrário às diretrizes do SUS”, disse. Peti explicou ainda que esta não pode ser uma lei imposta pelo legislativo, deve ser proposta pela própria prefeitura. “Por isso o vereador fez a sugestão, para que a prefeitura encaminhe a lei para a Câmara. Mas infelizmente, quem poderá pagar é a população que corre o risco de ficar sem médicos”, finalizou.