Apenas quatro restaurantes da cidade solicitaram a Cooperativa os tonéis para o armazenamento do óleo usado
São Bento – Ampliar a coleta de óleo de cozinha usado é uma das metas da secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para este ano. Atualmente a Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável recebe, em média, mil litros por mês, pouco para uma cidade de 80 mil habitantes. Para ampliar esse volume, o departamento de Meio Ambiente prepara uma campanha e já entrou em contato com a secretaria de Educação para contar com o apoio de professores e estudantes na tarefa de orientar as pessoas sobre a importância da destinação correta do óleo.
Conforme Sérgio Engel, membro da diretoria da Cooperativa, o volume poderia ser bem maior. “No ano passado chegamos a coletar de 2.500 a 3.000 litros por mês, então é sinal de que a quantia pode ser bem maior, é só as pessoas colaborarem”, observa.
A coleta de óleo de cozinha é feita pelo caminhão da Coleta Seletiva. Para isso, basta colocar o óleo de cozinha usado e já frio dentro de garrafas pet, devidamente tampadas, e deixar ao lado do material reciclável. A Transresíduos entrega tudo à Cooperativa que vende para uma empresa de Curitiba a R$ 0,80 o litro. O material é transformado em sabão e biodiesel.
Para os restaurantes da cidade, a Cooperativa dizponibiliza tonéis para o armazenamento do óleo usado e faz a coleta sempre que estiverem cheios. Segundo Sérgio, apenas quatro restaurantes da cidade solicitaram esses recipientes. “Como os restaurantes usam óleo em grande quantidade, é difícil ficar armazenando em garrafas pet, por isso fornecemos esses tonéis maiores, de 20 a 50 litros e passamos para recolher, é só nos comunicarem”, afirma Sérgio.
O restaurante Sandori recolhe cerca de 200 litros de óleo de cozinha por semana. “A gente usa o óleo apenas uma vez, então o volume é grande. Guardamos tudo e o pessoal da cooperativa sempre passa para buscar”, explica Michela Pfuetzenreuter Fillip. “É bom pra nós que damos destino certo ao óleo e bom para a cooperativa que ganha com isso”, diz Michela.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Lírio Volpi, destaca que todos são responsáveis pela preservação ambiental. “Jogar o óleo de cozinha usado no ralo é extremamente prejudicial ao ambiente, pois, ao atingir o rio, um litro de óleo contamina dez mil litros de água”, explica. Outro problema provocado pela destinação incorreta do óleo de cozinha é o entupimento das tubulações que pode encarecer em até 45% o tratamento de efluentes. No solo, o óleo forma uma película que dificulta a manutenção de micro-organismos necessários à fertilização.
Restaurantes que desejarem receber recipientes para armazenar o óleo, podem entrar em contato com a Cooperativa de Catadores pelos telefones (47) 9175-0859 e 9139-4798.