Centro de Halterofilismo já prepara atletas para as Paralimpíadas

Criado através de uma parceria da prefeitura através da Fundação Municipal de Desportos, FMD, e da Associação São-bentense de Levantamento de Peso, o Centro de Referência em Desenvolvimento de Halterofilismo, destinado à seleção e treinamento de atletas paralímpicos da modalidade de Levantamento de Peso, já treina visando à participação no Circuito Caixa e também nas Paralímpiadas.

De acordo com o professor Francisco Teles, os trabalhos neste começo de ano estão focados na primeira seletiva do Circuito Caixa, que acontece no dia 27 de fevereiro em Recife. As outras etapas acontecem em Uberlância e em São Paulo. “Atualmente treinamos seis atletas na academia sendo que um deles é da cidade de Capivari de Baixo, no sul do Estado, mas vem a São Bento a cada 15 dias, e representará o Centro de Referência nesta primeira etapa”, explica Teles.

O principal objetivo do Centro de Referência é preparar, nos próximos dois anos, atletas que disputem o Circuito Caixa com condições de ficar entre os três primeiros da modalidade de levantamento de peso. “No ano passado tivemos um atleta que ficou com a quarta colocação, mas preparamos jovens como é o caso do Jonathan (Castilho Alves), de 18 anos, que daqui a cinco anos estará no topo”, acredita. O Centro atende casos de nanismo, amputados, atletas com paralisia cerebral e medular.

Denílson Camargo Farias, de 25 anos, iniciou o treinamento no Centro de Referência este ano e está otimista com os primeiros resultados. “Sofri um acidente de moto e tive que amputar parte da perna. Foram três anos de tratamento hospitalar, mas agora quero voltar à forma. É um desafio totalmente novo para mim”, frisa. As aulas no Centro de Referência acontecem às segundas, quartas e sextas-feiras, das 9 às 11 horas e das 14 às 16 horas e são gratuitas.

A Prefeitura oferece para o projeto um auxiliar técnico, transporte para os para-atletas e a acessibilidade nas instalações. O professor Francisco Teles faz a seleção dos atletas com potencial competitivo em nível paralímpico, além de orientar os treinamentos em todas as fases – preparatória e avançada, e comandar a equipe de profissionais envolvidos no polo de São Bento do Sul. Atualmente o Brasil é tido como quinta força nas Paralímpiadas.