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Avião da AirAsia alcançou uma velocidade excessiva antes de cair, revela ministro

Quarta, 21 de janeiro de 2015

 

Veículo chegou a 6 mil pés por minuto (2 mil metros por minuto), uma velocidade incomum para um voo de linha comercial

 
 
 
 
 
 
Avião da AirAsia alcançou uma velocidade excessiva antes de cair, revela ministro ADEK BERRY/AFP
Marinha indonésia recolheu os corpos do fundo do mar de JavaFoto: ADEK BERRY / AFP

 

O ministro indonésio dos Transportes revelou nesta terça-feira que o avião da AirAsia que caiu no mar com 162 pessoas a bordo em 28 de dezembro voava a uma velocidade excessiva e entrou em perda de sustentação antes de cair.

— Nos últimos minutos, o avião assumiu uma velocidade superior à normal — explicou o ministro Ignasius Jonan, citando dados do radar do aparelho.

— De repente, ultrapassou a velocidade limite que podia voar. E depois entrou em perda de sustentação aerodinâmica — acrescentou.

Acidente com avião da AirAsia está entre os três mais graves de 2014

Pouco antes, o ministro havia indicado no Parlamento que o avião aumentou sua velocidade a 6 mil pés por minuto (2 mil metros por minuto), uma velocidade incomum para um voo de linha comercial.

— Acredito que seja raro até mesmo para um avião de combate — destacou.

O Airbus A320-200 decolou em 28 de dezembro da cidade indonésia de Surabaya para Cingapura, e cruzou uma área com muitas nuvens antes de desaparecer dos radares.

 

Durante o voo, o piloto pediu para tomar altitude para evitar as nuvens, mas não obteve a aprovação imediata do tráfego aéreo. A aeronave caiu logo após no Mar de Java, enão houve sobreviventes.

Equipes de mergulhadores recuperaram, desde então, 53 corpos e as duas caixas-pretas do avião, que registram respectivamente as conversas entre os pilotos e o controle de tráfego aéreo e demais parâmetros do voo (velocidade, altitude, velocidade do motor, etc.).

Investigadores do Comitê Nacional de Segurança do Transporte ouviram o gravador de voz, mas se recusaram a dar detalhes sobre seu conteúdo, dizendo apenas que não havia nenhuma indicação de um possível ato terrorista.

— Nós não ouvimos qualquer outra pessoa (além dos pilotos), nenhuma explosão — indicou o investigador s Nurcahyo Utomo à jornalistas que evocaram um possível ato terrorista.

Os investigadores se concentra agora "na possibilidade de danos à aeronave e fatores humanos", acrescentou.

Outro investigador, Ertata Lananggalih, observou que nenhum detalhe sobre o conteúdo dos registradores de voo seriam divulgados antes da publicação de um relatório preliminar sobre as causas do acidente, esperado para a próxima semana.

A Agência Nacional de Meteorologia indicou em um relatório, divulgado no início deste mês, que o tempo poderia ter sido o "gatilho" do acidente.

Entre as 162 pessoas a bordo estavam 155 indonésios, o co-piloto francês Rémi Plesel, um britânico, três sul-coreanos, um malaio e um cingapuriano.



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