O governador Raimundo Colombo (PSD) começou a apresentar novidades para o segundo mandato na manhã desta quinta-feira, quando foi sabatinado no Painel RBS. Até agora, o pessedista só havia confirmado continuidades e retornos em seu secretariado.
Desta vez, uma novidade que não surpreende. Depois de muita procura, ele acabou confirmando que o deputado federal eleito João Paulo Kleinübing (PSD) será o secretário de Saúde. Ele vê no ex-prefeito de Blumenau e ex-presidente do Badesc uma pessoa com capacidade de gestão para comandar a área. Ao lado dele deve estar o médico Murilo Capella, que hoje comanda o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. Colombo confirmou o convite.
Em uma fala breve, no final da entrevista, o governador confirmou que vai transformar formalmente as atuais 36 secretarias regionais em agências de desenvolvimento. O cargo de secretário será transformado em superintendente e outras funções, como a de diretor-geral, serão extintas.
Colombo também antecipou um ponto de sua reforma administrativa que deve render polêmica. Ele quer acabar com o atual modelo de licença-prêmio do funcionalismo. Segundo ele, o dispositivo deve capacitação profissional e não apenas folga. A mudança valeria apenas para futuros servidores.
O governador aproveitou o espaço para comprar publicamente a briga com a Espaço Aberto, empreiteira que tocava a restauração da ponte Hercílio Luz e que conseguiu liminar no Tribunal de Justiça para impedir que a obra seja retomada enquanto não se verifica uma suposta dívida do Estado com ela.
Colombo negou que exista a dívida e disse que a empresa Roca está pronta para assumir a obra emergencial da estrutura que vai sustentar a ponte durante a reforma. Os trabalhos começariam dia 5 de janeiro, período em que o governo tenta reverter a liminar do TJ. O governador ironizou a Espaço Aberto, dizendo que ela tem “mais advogados do que engenheiros”.