Já escrevemos que nós votamos e quem elege é o poder econômico. Mais uma vez esta afirmação está em
jogo e vemos uma Câmara de Vereadores atrelada ao poder. O que está em jogo não é apenas a presidência da Câmara. É a demonstração de força, de poder, dos caciques e donos da capitania hereditária. Gente que não põe a cara para bater, mas mantém as reuniões “secretas” para definir quem será o terceirizado. Quem deve votar em quem, em nome de um programa partidário que está empoeirado em uma prateleira. Esta é uma face da democracia que infelizmente entristece. Não se mede experiência, capacidade, representatividade, mostra-se força, prazer, quase um orgasmo por aquela sensação de superioridade. Interessante que muitas vezes os que decidem quem irá presidir a Câmara, embora este seja eleito com o voto dos vereadores, se submetidos à eleição nem síndico de prédio conseguiriam se eleger. É apenas o gozo, a sensação quase que de propriedade, que não nos deixam de manter a condição de província para virar cidade. Continuamos sendo dominados. Esperamos que a transparência que foi obtida com a gestão Godoy, não seja novamente embaçada pela neblina e pelo egoísmo daqueles que realmente preferem as cortinas de fumaça. Deixem os que receberam a procuração do povo legislar, que o façam livremente e sem interferência.