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Escolha dos diretores: Vereadores irão encaminhar resultado da audiência ao prefeito

Quinta, 04 de dezembro de 2014

 

 

Aconteceu na noite de terça-feira, 03, a Audiência Pública para debater sobre a escolha dos diretores das unidades escolares municipais de São Bento do Sul, proposta pelos vereadores César Godoy e Claudiomar Wotroba. Participaram do evento a chefe do Departamento de Integração e Mediação Educacional da Secretaria de Educação de Florianópolis, Marli da Rosa Carvalho, o professor do Paraná Jones Leoclides Salve, professor de São Bento do Sul José Alaor, Secretária de Educação de São Bento do Sul Alcione Hinke, demais vereadores e comunidade.

Conforme o vereador César Godoy, o objetivo da audiência foi de construir conceitos para criar um projeto de lei deliberando sobre as escolhas dos diretores. “Em São Bento do Sul ainda não temos um projeto pronto, por isso é importante o debate com as autoridades educacionais e a comunidade”, disse o vereador. Claudiomar Wotroba, outro requerente da audiência, falou que a ideia nasceu no ano 2000. “Eu nem era vereador e conversava com uma diretora sobre o assunto, e disse que quando fosse vereador iria levar o assunto à Câmara”, disse.

Integrante da mesa, a professora Marli da Rosa Carvalho, de Florianópolis iniciou explicando com o modelo funciona atualmente na capital do estado. “Falar em eleição de diretores não é uma tarefa muito simples, mas é um anseio de toda a sociedade”, justificou. Marli explicou que a lei que vigora em Florianópolis é datada dos anos 80, e vem sendo cada ano adaptada com a realidade. “É importante dizer que o professor não trabalha sozinho, ele trabalha com outros elementos que fazem parte desta gestão democrática”, disse Marli. Segundo ela conselhos de educação e organização de alunos fazem parte da organização da escola. “Tudo isso tem um foco em comum, que exista um processo pedagógico que leve o aluno à aprendizagem”, explicou.

Segundo Marli o modelo adotado em Florianópolis é por meio de voto direto, onde pais e alunos vão às urnas e escolhem os diretores, todo o processo ainda é acompanhado pelo TRE, que fornece também as urnas para que seja realizada a votação. “Não se admite que na escola tenha uma disputa desleal, a própria propaganda é permitida observando determinadas regras”, exemplificou. O voto é feito com base em um projeto pedagógico que cada candidato a diretor apresenta, caso eleito, esse projeto deve ser cumprido e será avaliado anualmente pela comunidade escolar. Além disso o diretor eleito precisa participar de cursos de gestão, capacitação permanente e também é necessário um amadurecimento psicológico. “Vivemos uma sociedade muito violenta, e a micro violência nasce tanto na família como em alguns casos na escola, e o diretor precisa identificar isso”, disse.

Professor Jones Leoclides Salve é natural de São Bento do Sul, e a 26 anos atua no Paraná, atualmente em Piên. Naquele município também são feitas eleições para a escolha do diretor escolar e segundo Jones, os métodos são semelhantes aos utilizados em Florianópolis. “É um processo extremamente importante na questão democrática, minha visão é com o aluno e com a comunidade escolar”, disse. O professor falou da importância de trazer os pais e alunos para participarem do processo escolar “a criança, por exemplo, ouve os projetos do professor e já começa um amadurecimento democrático”, disse. Além disso o vereador elencou como positiva a cobrança da comunidade pelo bom desempenho do diretor.

José Alaor, pai e professor da rede pública de São Bento do Sul enalteceu a importância de levantar o debate “há anos falamos na rede pública sobre isso e agora é um marco poder discutir abertamente sobre o assunto”, disse. José Alaor falou sobre a necessidade de ouvir e conhecer modelos de outros municípios para juntos criar um plano para o município.

Para a Secretária de Educação de São Bento do Sul, Alcione Hinke, o município está engatinhando ainda no assunto. Ela comentou que durante os 40 anos de magistério já trabalhou tanto escolas públicas como particulares. “Participei já de processos de eleição por eleição, e esta foi a pior experiência que tivemos”, disse. Ela justifica que onde participou do pleito foi feito somente a eleição por eleição, ou seja, sem a necessidade de projetos. “Houve um esfacelamento dos atos educativos, os que perderam começaram a dificultar o trabalho de quem ganhou, e quem venceu teve a dificuldade de fazer a união entre toda a equipe”, justificou. Logo em seguida, o modelo adotado na época parou de funcionar.

Segundo ela, o município está avançando no processo. Alcione explicou que depois do Plano Municipal de Educação, elaborado em 2011, passou a ter critérios para a escolha dos diretores e gestores da escola. “Na rede estadual este ano também inicia um novo modelo, onde os gestores primeiro precisam fazer o plano de gestão”, disse. A secretária falou da necessidade de discutir o tema e avançar nesse sentido, colocando ainda a Secretaria de Educação à disposição para os diálogos.

Após os pronunciamentos dos ocupantes da mesa, a palavra foi aberta para os presentes que gostariam de fazer algumas perguntas, dentre elas uma das perguntas da plateia foi feita pelo vereador Edi Salomon, sobre o procedimento caso o diretor eleito não cumpra um bom trabalho. Edi falou da necessidade dessa avaliação não ser feita por parte da administração municipal “essa avaliação deve ser feita por um conselho apolítico, que acompanhe os trabalhos e avalie cada mandato”, disse Edi.

Agora, um documento oficial com o resultado da Audiência Pública será encaminhado ao prefeito para que sejam tomadas as medidas. “Eu e o vereador Wotroba vamos assinar uma Moção de Apelo ao prefeito para que estude no menor tempo possível e coloque em prática esse plano”, disse Godoy. Claudiomar Wotroba falou da necessidade do prefeito em ouvir o apelo dos professores “é um projeto que irá de encontro com que a maioria dos professores pede, por isso pedimos a atenção do poder executivo nessa questão”, finalizou.



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