
Palhoça (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
A Policia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (27) sete pessoas, ouviu o depoimento de cinco e realizou 12 mandados de busca e apreensão durante uma operação de combate ao tráfico de drogas em Santa Catarina e São Paulo. A ação, coordenada por Florianópolis, tem como objetivo reprimir uma quadrilha comandada por um catarinense de dentro de um presídio no estado de São Paulo. A polícia não informou o nome da unidade prisional.
Os mandados foram cumpridos em Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz e São José, na Grande Florianópolis, além de São Paulo (SP) e em Novo Mundo, no Mato Grosso do Sul. Segundo o delegado Gustavo Trevisan, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF de Santa Catarina, cerca de R$ 6 milhões foram arrecadados pelo grupo com a venda de drogas. "Serão verificadas 18 contas bancárias para análise exata do valor. Suspeitamos que 15 pessoas façam parte da rede que atua nos dois estados".
Em fevereiro, o catarinense Rodrigo Poleto, de 30 anos, foi preso em São Paulo com 317 quilos cocaína. Ele está detido no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista, após condenação em primeira instância por tráfico de drogas. Nos mandados desta quinta-feira, uma pessoa em São Paulo, considerado o 'gerente' do tráfico subordinado a Poleto, foi preso. As demais seis pessoas foram detidas em solo catarinense.
Poleto é o suspeito de comandar a quadrilha de drogas, inclusive enquanto detido, de dentro da unidade prisional paulista. A investigação da rede de tráfico começou em agosto deste ano em Santa Catarina. Desde lá, outras seis pessoas foram presas em duas apreensões na Grande Florianópolis: uma de 55 quilos de cocaína e outra de 670 quilos de maconha, que seriam distribuídos na região metropolitana da cidade.
Pelas investigações, a Polícia Federal concluiu que a quadrilha atua na aquisição, transporte, venda e distribuição de drogas principalmente na capital catarinense e capital paulista. De acordo com Trevisan, o grupo atua como 'atacadista', vende a droga em grandes quantidades para demais traficantes de São Paulo e Santa Catarina, que trabalham na venda direta aos usuários