O padrasto e a mãe da menina de nove anos que morreu após ficar gravemente ferida durante uma festa em uma tribo de Araquari foram indiciados por homicídio doloso(quando se tem a intenção de matar) pela Polícia Civil. Jurema da Silva e Mariano Tatamxi alegaram, em depoimento, que a criança foi vítima de um rojão disparado acidentalmente durante uma festa na aldeia, em setembro.
Conforme o delegado Rodrigo Aquino Gomes, o laudo não apontou vestígios de queimadura ou de qualquer material relacionado a explosivos no corpo da menina. Gomes disse que a conclusão do inquérito é de que ambos contaram a versão dosuposto acidente para encobrir o que realmente aconteceu com a menina. A investigação apontou que a garota foi morta possivelmente com uma pancada ou um golpe de machado.
A perícia indicou também que a garota estava dentro de um carro quando foi ferida. Havia restos de estilhaços e marcas de sangue no veículo. A investigação concluiu que a mãe e o padrasto saíram da aldeia com a menina em mais de uma oportunidade para comprar bebidas.
— Todas as testemunhas confirmaram que o carro só foi depredado depois que a vítima foi retirada de dentro. Para encobrir o que aconteceu, o padrasto atirou o rojão em direção ao veículo — afirmou o delegado.
O resultado da investigação será encaminhado ao Ministério Público de Araquari, que pode denunciar os suspeitos ou solicitar mais apurações, além de requisitar mandados de prisão à Justiça.
Levada ao Hospital Infantil de Joinville, a menina teve morte cerebral horas depois de receber atendimento médico.