São Bento - Desafios, influência no crescimento urbano e licenciamento ambiental foram alguns dos assuntos discutidos no Seminário Ambiental - Os Desafios da Sustentabilidade, que ocorreu na segunda-feira, 03, na Associação Empresarial de São Bento do Sul - ACISBS. Contando com a participação de representantes de diversas entidades, o evento proporcionou uma reflexão sobre as ações que são realizadas, os impactos e o que pode ser melhorado.
Com a abertura do Secretário Executivo do Programa “Pacto Global e o Programa de Cidades da ONU”, Luciano Planca, relatou sobre os projetos e como ocorre todo o planejamento, embasado sempre no desenvolvimento sustentável, repasse de informações principalmente no que se refere a conservação do meio ambiente e atendimento da comunidade.
O primeiro painel contou com a participação de representantes do Consórcio Quiriri, Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina - FACISC e Consórcio de Fraiburgo. O Assessor Ambiental da FACISC, Guilherme Dalla Costa, explanou sobre os benefícios e os trabalhos desenvolvidos em alguns municípios por meio de consórcios, que segundo ele a região só ganha com todo este processo. “Há maior facilidade de acesso e estrutura, no qual um município sozinho teria maior dificuldade”. Logo após ocorreu a assinatura do Convênio de Cooperação dos Municípios com o Consórcio Quiriri, por meio da participação do Vice-Presidente Ambiental da FACISC, José Mário Gomes Ribeiro.
O Presidente da ACISBS, Osmar Mühlbauer, destacou a importância de vários representantes estarem reunidos neste dia. “Estamos aqui para refletir e conversar sobre este tema que é comum e faz parte do dia a dia de muitos aqui, a questão do crescimento sustentável, licenciamentos ambientais, formas de conservação entre outros pontos. Queremos conhecer mais e temos grandes nomes aqui hoje para nos esclarecer todas as dúvidas”, disse.
Modelo de cidade ideal
O Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis/SC, Dalmo Vieira Filho, iniciou os trabalhos no período da tarde refletindo sobre o modelo de cidade ideal, no qual não há um valor a ser buscado. “Será que possuímos um modelo de cidade ideal? Os grandes artistas e pensadores se preocuparam com as cidades, porém hoje em dia elas estão praticamente entregues somente a questão urbana, aos veículos, o que não pode ser reduzido a isso, é muito mais”, destacou.
Com a sua experiência no meio público e acadêmico, Dalmo explicou sobre as ações que desenvolveu e os estudos que realiza nesta área. “Trabalhar com diversos lugares nos permitiu a uma visão diferenciada sobre o tema. O nosso sentimento evoluiu para a seguinte constatação: se nós quisermos evoluir nesta questão, não se resolve os problemas da cidade só com regras da engenharia, física por exemplo. É necessário avaliar o lado humanístico”.
Segundo ele, a proposição da cidade funcional se define em quatro ítens: habitar, trabalhar, recrear e circular. “Porém o problema emergencial da maioria é a questão de circular. Que caminhos buscar? Na nossa proposta acrescentamos a quinta função, o conviver, que é a base para as cidades futuras. Precisamos valorizar isso”.
Logo após, o Desembargador Luiz Cézar Medeiros explicou sobre os trabalhos que o poder judiciário atua no que se refere ao meio ambiente, impactando principalmente nos danos ambientais. O objetivo foi explicar algumas noções da dinâmica processual, as leis, o código florestal, formas de fiscalização e o impacto que isso traz na vida do cidadão. “Nós tratamos dos direitos das pessoas e temos o máximo cuidado nas decisões”.
Sustentabilidade ambiental urbana
No segundo painel do dia, “Sustentabilidade Ambiental Urbana” foi o tema tratado com o mediador e integrante da Diretoria da ACISBS, Jonny Zulauf. Integraram também o Tenente-Coronel Valdez Rodrigues Venâncio da Polícia Militar Ambiental e o representante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Planalto Norte, Rubén Benedicto Pereyra. Após ocorreu a assinatura do termo de deliberação da “Carta dos Seminário aos Prefeitos”.