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Memória - sem ódio e sem rancor

Terça, 04 de novembro de 2014

 

 

Para os que tem. Às vezes me olho no espelho e me sinto um senhor das cavernas. Será que estou tão velho assim, ou apenas consegui preservar minha memória. Quero acreditar que seja exagero meu e outras pessoas também não tenham esquecido. É lógico que muitos ainda não tinham nascido, outros não viviam aqui e também não procuraram conhecer o passado. Para aqueles que pregam o ódio aos nordestinos, quero contar que São Bento do Sul se manteve e

se desenvolveu, principalmente sua indústria moveleira em um boom fantástico na década de 70, início de 80, graças ao mercado e os consumidores nordestinos. As famosas salas de jantar

colonial, arcas e oratórios e as estantes de um, dois e três corpos ainda devem existir em muitas casas naqueles Estados. Chegávamos a ter transportadoras exclusivas para o nordeste lembrando duas, Sul-Norte e Transwerna. Muitas empresas tinham naqueles Estados, desde o pequeno Piauí, compradores que pagavam a folha  dos operários daqui.  Claudino & Cia., Armazém Paraíba, G. Pimentel, Leite & Silva, entre os que lembro, pois também não tenho memória de elefante. Foram eles que introduziram a compra de móveis desmontados, treinando aqui seus funcionários para os montarem em suas lojas, tamanho o volume de compras e para baratear o frete que era cobrado por um percentual da nota fiscal, altamente abusivo.  Isso era um absurdo. Os representantes do nordeste eram disputados e recebidos no aeroporto com tapete vermelho. Quando aqui chegavam eram paparicados  e tratados como marajás com muitos jantares, festas

e mulheres. Eram eles que traziam os pedidos.  Depois foram substituídos pelos compradores do exterior guiados pelos nossos agentes. Vale lembrar também que o mercado nacional foi abandonado pela sedução das exportações, uma necessidade, mas um aprendizado que também custou muito caro,  muitas portas foram fechadas, mas também muita gente ganhou dinheiro.  Então não é necessário hostilizar os nordestinos, odiar sua gente. Lembrar que naquela época não havia o Bolsa Família e o mercado nordestino também foi o grande Bolsa Família para muitos industriais e trabalhadores de São Bento do Sul. A Casas Bahia só se tornou uma das maiores fábricas de móveis do Brasil, porque outros fabricantes deixaram o espaço livre e eles souberam ocupar. Nós só perdemos a liderança do mercado para Bento Gonçalves no Rio Grande, porque abandonamos o mercado interno. O mercado é como a política. Quem não faz, permite que outros o façam em seus nomes. Paz e amor que a vida continua sem ódio e rancores, sem culpa e sem culpados. Pedro Skiba - redator



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