O tamanho do Estado no Brasil e sua eficiência em oferecer serviços ao cidadão vai muito mal. Nosso Estado é grande, pesado, lento, ineficiente e nos oferece serviços precários. Metade da nossa riqueza é sugada pela máquina pública. O peso do Estado atravanca o desenvolvimento, impede que haja redução na miséria e na desigualdade, e drena recursos que poderiam ser usados na redução das mazelas impregnadas há anos em nosso país, como saúde pública caótica, educação pública medíocre e insegurança.
Um dos fatores que contribui para isto é o “aparelhamento do Estado”. Entende-se como “aparelhamento” o uso da prerrogativa de nomeação a cargos comissionados, de militantes e apadrinhados políticos. O aparelhamento do Estado tem como nocivo resultado a ineficiência do poder público e dos serviços públicos, resultando no menor poder de investimento.
É natural que um partido nomeie quadros de suas fileiras em cargos de confiança. Mas no Brasil chega ao absurdo ! Em nosso país, o presidente nomeia em torno de 20 mil comissionados, enquanto na maior economia do mundo, os Estados Unidos, o presidente nomeia em torno de 1 mil, e tem que apresentar currículo e prova de capacidade para assumir tal tarefa. O mais preocupante, é quando este “aparelhamento” chega ao judiciário, mais especificamente à mais alta corte do Estado Brasileiro, o STF. Vemos hoje seus integrantes sendo “indicados” pelo poder executivo, com fortes tendências partidárias e ideológicas. Diga-se, que isto serve também para os estados e municípios.
Hoje quem paga esta conta somos nós. No futuro, nossos filhos e netos terão que desatar o nó da nossa falta de amplitude de percepção clara no presente. Temos que tomar consciência deste fato e nos indignarmos, mostrando aos nossos governantes que estamos atentos e prontos para mudar.
Ricardo Paim - Engenheiro Agrônomo
São Bento do Sul/SC