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Levantamento mostra que quase metade dos congressistas eleitos têm parentes políticos

Quarta, 04 de junho de 2014

 

Em Santa Catarina, de acordo com estudo, são cinco deputados e um senador

 
Levantamento mostra que quase metade dos congressistas eleitos têm parentes políticos Rodolfo Stuckert/Câmara dos Deputados
Segundo levantamento, 44% dos deputados e 64% dos senadores têm parentesco com políticosFoto: Rodolfo Stuckert / Câmara dos Deputados

Levantamento da ONG Transparência Brasil com os deputados federais e senadores eleitos mostra que quase metade dos congressistas têm parentes políticos. Eles têm relação de sangue direta (como filhos ou netos) ou indireta (cônjuges e cunhados, por exemplo) com políticos que já ocuparam algum cargo eletivo (governadores, deputados etc.).

Segundo o levantamento, 44% dos deputados federais eleitos no último pleito (228 dos 513) têm algum parente na política. Desses 228, mais da metade (53%), são "herdeiros"; filhos, sobrinhos ou netos de políticos. Entre os senadores, o percentual sobe para 64%.

Os percentuais são mais altos entre congressistas jovens, nordestinos, mulheres e detentores de concessões de rádio e TV. O relatório completo pode ser acessado na seção Estudos e Relatórios do projeto Excelências.

Em Santa Catarina, são cinco dos 16 deputados: Celso Maldaner (PMDB), irmão do senador Casildo Maldaner (PMDB); Edinho Bez (PMDB), filho do ex-vereador de Gravatal Silvio João de Oliveira; Esperidião Amin (PP), casado com a ex-prefeita de Florianópolis e ex-deputada Angela Amin (PP); Onofre Agostini (PSD), primo do governador Raimundo Colombo (PSD) e tio do ex-prefeito de Curitibanos Wanderley Agostini; e Paulo Bornhausen (PSB), filho do ex-senador Jorge Bornhausen (sem partido).

Dos três representantes catarinenses no Senado, o estudo considerou apenas Paulo Bauer (PSDB), filho do ex-prefeito de Jaraguá do Sul Victor Bauer. O senador Casildo Maldaner não entra na lista porque era suplente e assumiu a vaga de Colombo quando o pessedista deixou o Senado para ser governador de Santa Catarina.

A ONG ressalta que não há nada de ilícito com políticos alavancarem parentes ou serem por eles promovidos, mas avalia que a transferência de poder de uma geração a outra da mesma família pode provocar dois problemas: a formação de uma base parlamentar avessa a mudanças significativas e/ou a perpetuação no poder de políticos tradicionais desgastados ou até impedidos de concorrer em eleições.



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