O corpo do menino de 11 anos que morreu afogado em Xaxim, no Oeste catarinense, foi enterrado na manhã desta sexta-feira (2) em Faxinal dos Guedes, cidade próxima. O garoto foi levado pela correnteza na tarde de quarta (30) após tentar atravessar um rio com o tio. O corpo de Alex Antônio de Sá tinha, de 11 anos, foi encontrado na manhã de quinta-feira (1).

O acidente foi por volta das 17h20, na Linha Fazenda Santo Antônio, no interior do município. Segundo os bombeiros, o tio foi buscar alguns animais no campo e o menino foi junto. A travessia no local era comum, porém o rio estava alto. O tio teria colocado o menino no colo, mas os dois caíram e foram levados pela correnteza.

"Quando colocou o primeiro pé, a água o desequilibrou e acabou os levando para uma cascata de uns três, quatro metros de altura", explicou Valdecir Alves de Castilho, um dos tios do menino, que encontrou o corpo. Ele contou que o tio que estava com Alex no momento "deu um impulso para tentar agarrá-lo, mas ele já estava uns dois ou três metros para frente".

De acordo com os bombeiros, choveu forte durante toda a quarta-feira e o rio estava acima do nível normal. O homem conseguiu sair, mas o garoto foi levado pela água e, mesmo após as buscas dos bombeiros, não foi localizado na noite de quarta. As buscas foram reiniciadas na manhã de quinta.

Ainda segundo os bombeiros, o resgate foi feito perto das 7h. O corpo foi encontrado no mesmo rio em que o menino desapareceu e tinha sinais de afogamento.

Chuva no Oeste
Até a manhã desta sexta (2), os municípios de São Domingos, Arabutã e São Bernardino haviam decretado situação de emergência por causa das chuvas, que ocorreram entre a noite de quarta (30) e a madrugada de quinta (1) na região Oeste catarinense. Diversas cidades registraram alagamentos e deslizamentos. Segundo a Defesa Civil, entre 120 e 150 famílias ficaram desalojadas. A morte de Alex foi a única registrada durante as chuvas.

Os principais prejuízos foram alagamentos, desalojados, danos a rodovias, falta de água e enxurradas, informou o coordenador regional da Defesa Civil, Luciano Peri. Houve muitos problemas no interior desses municípios, já que, com o bloqueio de vias, ficou difícil o acesso de veículos para entregar alimentos e suprimentos para as criações de frangos e suínos.