Escritor e advogado
A ressurreição de Cristo é a manutenção da vida da Natureza, de forma que anualmente esse Verbo renova o que parecia morrer, pois tem no Cósmico sua influência de germinação, que representamos pelo ovo, origem da vida, pois o Cristo é a origem da vida, é “O Vivo”. Assim também o pão do céu e a fuga das trevas do Egito, da escravidão, nos levam errantes e transeuntes no rumo à liberdade, que apenas se encontra na “terra de leite e mel” (no Reino dos Céus). Então esse pão do céu é na verdade a Torá-Bíblia (Lei), que entregue pelo Altíssimo encaminha o homem para a alimentação de seu espírito, verdadeira alimentação. As 4 letras do Nome Santo assim estão unidas e o homem santo (tsadik), que está na presença de Deus (Shekinah), e é um Cristo em formação, para por fim ter se libertado da sua cruz pessoal (matéria que aprisiona).
Assim, para judeus a Páscoa se refere a esse êxodo, sendo que ainda há a festividade dos pães sem fermento, por sete dias. O pão celestial foi usado por 40 anos, tendo propriedades meio que especiais, como derreter rápido (se não era congelado ou refrigerado...). Há filmes que mostram a travessia do Mar Vermelho. Mar Vermelho é o Mar Infinito, e se refere a todas as águas do mundo, que nesse dia inverteram seu curso e congelaram. As águas se congelaram e ficaram em muralhas, não meramente flutuando, como mostra o cinema. O pão celestial foi usado por 40 anos, tendo propriedades meio que especiais, como derreter rápido (se não era congelado ou refrigerado...). Hoje, por outro lado, temos nós cristãos o corpo de Cristo na eucaristia, e que também pode ser entendido como pão do céu, que nos mostra a ressurreição. Deste modo, o corpo místico do Cristo em todos nós.
Nessa época, no hemisfério norte as sementes germinam e aparecem também os frutos, e assim a vida que Cristo Cósmico difunde no mundo, revela o seu sacrifício, o sacrifício do Logos na matéria, que assim vive e revive. E o ovo está em várias cosmogonias, desde a escandinava, a hindu, egípcia e outras, revelando a origem do Universo, que hoje a ciência coloca sabiamente no ovo anterior ao Big Bang. Esse ovo é claramente símbolo além da vida, do ciclo e do retorno a vida após a transformação, que entendemos por morte. Um ciclo é revelado, e isso supera a velha linha reta, que apenas está com relação a ressurreição, mas que antes exige a reencarnação para sua devida evolução. E o ovo é chocado pela serpente, não por satanás, mas pela serpente que está na estaca (ou cruz) de Moisés, na serpente de bronze, que prefigurava Cristo.
E o homem encontrará esse mistério no “Juízo Final”, na segunda morte, onde seu veículo grosseiro e animal é dissolvido para dar lugar ao santo veículo de consciência, pois assim está escrito que não “herda o Reino a carne”. Então por isso “não mais haverá esposos e esposas”, nem mesmo será necessária a morte. A ressurreição estará assim presente quando encontradas as “7 igrejas” e também abertos os “7 selos”, pois antes desse tempo, ou “daquele tempo” não poderá ter revelado esse mistério. Cristo morreu por todos os “vivos”, e ressuscita em toda a vida que evolui, fazendo de si mesmo a presença através do Espírito Santo. E a espada (do Verbo) vem para esse tempo, somente podendo ouvir quem “tiver ouvidos para ouvir”, pois do contrário não serão reconhecidos (por não estarem com as vestes de luz ou corpo de glória). Morte no plano material é nascimento no plano espiritual, e vice-versa. Cristo rompeu o ciclo, quebrou o ovo, e assim teremos nós um dia que fazer.