São Bento – Desde os tempos mais remotos ao milagre das Bodas de Canaã, o vinho se tornou uma fonte de estudos, pesquisas, aprendizado, cultura. Sim não basta abrir uma garrafa e apenas beber. O vinho tem seus mistérios, seus sabores, seus aromas e suas combinações. Isto requer cuidados, estudos e conhecimentos. As variações vão da coloração, das carcaterísticas da safra, da sanidade dos frutos e técnicas de vinificação. As variedades são muitas e dependem também das regiões, da intensidade das chuvas, da temperatura, da conservação, da colheita, esmagamento e acondicionamento. Outro detalhe importante e que não pode ser esquecido e saber harmonizar a espécie com o prato que será degustado. Diante da curiosidade e da vontade de aprender, pois tudo que se tem conhecimento como utilizar, melhor o proveito. O vinho é fonte de inspiração para romances, para uma boa conversa e sempre uma boa companhia aliada a recomendação de que seu consumo moderado é saudável.
Curso foi para plateia selecionada e interessada sobre as propriedades, qualidades, safras, degustação e harmonização de algumas marcas distribuídas pela Decanter (Fotos Pedro Skiba/Evolução)
Confrarias e adegas
A vontade de conhecer, degustar, de reunir um grupo com os mesmos objetivos fez nascer as confrarias que se dedicam a reuniões onde os produtos são submetidos e testados através do olfato, do sabor, da cor, identificar componentes e até regiões onde foram produzidos, Exige dedicação e aprofunda a admiração e a escolha adequada, embora cada paladar seja independente e nem todos os gostos iguais.
Também surgiu o hábito que é milenar mas hoje com novas técnicas da guarda dos vinhos e do seu envelhecimento de forma a aprofundar e preservar a sua qualidade. A tradicional relação vinho madeira é ainda muito forte através das barricas de carvalho Americano e Francês. Aqui não vale o ditado de quanto mais velho, melhor o vinho. Isto é mito. Hoje os vinhos novos também tem a preferência dos consumidores e até recomendado não deixá-los envelhecer para não perder as suas características.
Somelier Igor Diniz Maia
Aprendendo e conhecendo
Para aperfeiçoar e despertar nos consumidores uma técnica mais apurada de consumo, aliada a história milenar, a Adega Alpenbier e a Decanter, trouxeram para São Bento do Sul um curso sobre vinhos cujo somelier Igor Diniz Maia, formado pela Associação Brasileira de Someliers do Rio de Janeiro durante duas noites falou para plateia selecionada e interessada sobre as propriedades, qualidades, safras, degustação e harmonização de algumas marcas distribuídas pela Decanter. Há cinco anos na empresa Igor é um profundo conhecedor dos vinhos e dividiu o curso em duas partes. Nos brancos e espumantes e nos tintos. Também foram dadas orientações quanto a leitura dos rótulos para que o consumidor se certifique melhor do que está comprando e consumindo. Na primeira noite foi feita a harmonização com Congrio à Provencçal (grelhado sob uma camada de legumes (batatas, pimentões, cenoura, cebola entre outros), ovos, azeitona preta, regado com bastante azeite de oliva, acompanhado de arroz temperado com amêndoas. Na segunda noite Mignon Recheado (Mignon recheado com presunto de Parma, perfumado com mostarda dijon, acompanhado de purê de batata com molho de cogumelo Paris), a cargo do cheff Rafael Beuther. A sobremesa foi brigadeiro de colher, acompanhada de Vinho do Porto Warres – Ruby.
Novas iniciativas
No mês de maio a Adega Alpenbier/De Martino trazem o somellier Marcelo Retamol, e no dia 22 de julho a II Decanter Whyne Day, com o internacional Gonçalo Gusmann e degustação de cerca de 80 rótulos das mais famosas marcas mundiais.
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