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Mulher diagnosticada com câncer é orientada a esperar 2 anos por exame

Quinta, 13 de março de 2014

 

Desempregada, ela diz que não tem condições de pagar R$ 750 no exame.
Após reportagem, pedido de agendamento foi protocolado pelo município.

 

 

Uma moradora de Camboriú, no Litoral Norte catarinense, diagnosticada com câncer, foi orientada no posto de saúde a esperar até dois anos para fazer uma ressonância magnética. Assim como ela, outras cerca de 420 pessoas também aguardam o procedimento, mas segundo a Secretaria de Saúde, em casos de urgência o tempo cai para um mês. Depois de tomar conhecimento do assunto pela reportagem da RBS TV, o município conseguiu dar entrada no agendamento.

Adriana foi diagnosticada com câncer do colo do útero (Foto: Reprodução RBS TV)
Adriana foi diagnosticada com câncer do colo do
útero (Foto: Reprodução RBS TV)

Foi um mês com sangramentos e fortes dores até a dona de casa Adriana Barbosa Müller descobrir que estava com câncer de colo de útero. Para conseguir o diagnóstico, ela precisou desembolsar R$ 200 da biópsia porque não poderia aguardar a liberação do exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas ao confirmar o problema, ela se deparou com outro: para fazer uma ressonância magnética a pedido do médico, teria que esperar aproximadamente dois anos.

"Esperar de um a dois anos, até lá, eu vou morrer. Até o exame do diagnóstico eu tive que pagar, porque pelo SUS iria demorar muito tempo também", comenta a dona de casa. Adriana está desempregada e diz que não tem condições de investir R$ 750 no exame.

 

A secretária municipal de Saúde, Márcia Freitag, afirmou que o município não tem capacidade para atender à demanda, mas casos de alta complexidade têm encaminhamento diferenciado. No total, cerca de 420 pessoas aguardam na fila por uma ressonância magnética, mas para quem está com problemas de urgência e alta complexidade, a espera seria de até um mês.

Márcia ficou surpresa com o caso de Adriana. “Ela está dentro de uma linha de cuidado de alta complexidade, que é a oncologia, que tem uma cota específica. O serviço está dentro do território de gestão de Itajaí. Então, o paciente vem para o município já com a especificação de que é um paciente oncológico e esse paciente é encaminhado. Ele vem e não fica na espera”, comenta.

Depois de saber do caso pela reportagem da RBS TV, a secretária informou que o exame de Adriana havia sido protocolado na segunda-feira (10), em Itajaí. Ele deve ser agendado em até 30 dias, segundo Márcia Freitag.



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