São Bento - Em abril, Juan Carlos Péricas sai de São Bento do Sul rumo aos Estados Unidos. A viagem do jovem de 17 anos não é a passeio, mas para frequentar o ensino superior na América do Norte. Para conseguir o feito, Juan foi aprovado em duas universidades americanas: a West Virgínia, e a Sul da Flórida, onde cursará Engenharia da Produção.
A escolha pelos Estados Unidos foi, conforme Juan, devido a qualidade do ensino e pelas amizades que já cultiva com americanos. Ex-intercambista do Rotary Club, ele conta que em 2012 embarcou rumo à Dinamarca, onde passou um ano. Lá, aumentou seu desejo de se graduar no exterior. “Minha primeira opção seria fazer a faculdade em Copenhagen, mas pelos meus amigos e pela qualidade das universidades, me chamou mais a atenção os Estados Unidos”, relata Juan, que em dezembro já esteve na Flórida conhecendo melhor a universidade.
Como a universidade não é gratuita, Juan quer usar seus 2 metros de estatura e o destaque nos jogos de basquete como arma para conseguir uma bolsa de estudos. Destaque da equipe de basquete do Colégio Global, onde cursou o terceirão, Juan seguirá treinando diariamente com seu ex-técnico, Adriano Hack, para chegar aos Estados Unidos na melhor forma possível. “Agora não posso perder tempo, preciso treinar bastante. É uma chance que tenho e não quero desperdiçar”, explica.
O que você é
Para conseguir ser aceito nas universidades americanas, o processo é diferente do brasileiro, onde um vestibular que avalia apenas o conhecimento é levado em consideração. Lá, além de uma prova mais voltada para os conhecimentos gerais, o candidato à vaga precisa escrever um texto. “Eles querem saber mais que pessoa você é do que sobre suas notas”, diz Juan, que usou sua viagem à Dinamarca e suas experiências vividas no país europeu para elaborar o texto. O resultado foi muito mais que o esperado, pois além da aprovação em duas universidades, outras já enviaram e-mails a ele o convidando a integrar suas instituições.
As provas de admissão foram realizadas em Curitiba, onde Juan realizou o Test of English as a Foreign Language, ou Toefl, que avalia a competência de estudantes internacionais no uso e entendimento da língua inglesa em ambientes acadêmicos. É um requisito de admissão para falantes não nativos de inglês em muitas faculdades e universidades em mais de 130 países do mundo todo.
Também na capital paranaense, o jovem realizou o ACT, que é um teste de admissão usado por faculdades e universidades nos Estados Unidos para avaliar os alunos inscritos para programas de graduação. As áreas testadas são Inglês, Matemática, Interpretação de Textos e Ciências.
Determinação
Para chegar às universidades americanas, Juan cita a determinação como ponto preponderante. Além disso, ele destaca o fato de ter concluído o ensino médio no Colégio Global. “Isso foi uma chave essencial. O colégio sempre me ajudou muito para que isso se tornasse realidade. Não só no nível educacional, que me ajudou a ser aprovado nas provas, mas também no apoio na parte burocrática”, relata.
Para os interessados em seguir o mesmo caminho, o jovem fala da força de vontade e da necessidade de acreditar em si próprio. “Muitos acham que é caro ou difícil, mas eles oferecem muitas bolsas de estudo, para várias áreas. O que precisa é acreditar”, ensina.