Quinto foco do mosquito transmissor da Dengue, registrado no bairro Boewmerwald
São Bento - Eugênio da Silva, de 73 anos, foi um dos moradores que recebeu, nesta quinta-feira, 6, a visita dos agentes do Programa de Combate à Dengue de São Bento do Sul. A vistoria em sua residência ocorreu por conta da confirmação do quinto foco do mosquito transmissor da Dengue, registrado no bairro Boewmerwald, onde seu Eugênio mora. Para sua alegria, os agentes constataram que tudo estava correto em sua residência. “Procuramos sempre ter essa preocupação com a água parada aqui em casa. Que bom que está tudo certo”, sorriu.
As larvas do mosquito Aedes Aegypti foram encontradas durante ronda nesta quarta-feira, 5, em armadilha instalada pelo Programa em um comércio do bairro. Após a coleta das larvas, elas foram encaminhadas para o laboratório do Centro de Vigilância à Saúde, o qual confirmou ser do mosquito da Dengue.
Vistorias
Desde a confirmação, agentes do Programa percorrem um raio de 300 metros de onde o foco foi identificado. E, nessas vistorias, eles precisam entrar nas casas e empresas para ver se encontram pontos de água parada e, assim, evitar a proliferação do mosquito e, por consequência, evitar que a doença chegue a São Bento do Sul. “Desde que iniciamos a ação no bairro, encontramos larvas em vasos de plantas em algumas casas. Elas foram coletadas e analisadas, mas não se confirmaram como a do mosquito transmissor da Dengue”, conta o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Jerri Afonso Cristofolini.
Além de verificar casas e empresas, os agentes conversam com os moradores e entregam cartilha com informações para combater o mosquito. “Precisamos de toda colaboração dos moradores. Para se ter uma ideia, no ano passado, 7 focos foram confirmados. Estamos no início do ano e já detectamos cinco, dois no cemitério através de rondas, dois no bairro Serra Alta, em armadilhas, e este no Boewmerwald, também em armadilha”, explica.
Jerri conta ainda que pelo município, 327 armadilhas foram espalhadas em locais estratégicos, como ferros-velhos e borracharias. Elas são vistoriadas semanalmente pela equipe de combate à Dengue.
Cemitério
Durante as vistorias, os agentes orientam ainda os moradores que têm entes queridos enterrados no cemitério municipal, para que se dirijam ao local e adequem seus vasos de plantas. “No cemitério, neste ano, foram encontrados dois focos do mosquito. Por isso é importante que a população nos ajude, cuidando dos seus vasos”, solicita Jerri.
Na ação de varredura para o combate aos focos do mosquito transmissor da Dengue, os vasos precisaram ser virados. Em 1400 vasos de plantas foi encontrada água parada. Desses, 700 larvas foram coletadas e 25 confirmadas como a do mosquito transmissor da Dengue. “Fazemos um apelo à população para que nos ajude. Não temos registros de pessoas que contraíram a doença dentro do município. Mas para que continuemos assim, todos precisam colaborar”, pede a diretora do Centro de Vigilância à Saúde, Luciane Scatolon.
Colaboração
Para evitar a proliferação, diversas ações com a participação da comunidade podem trazer ótimos resultados. Tampe bem a caixa de água; Não deixe água acumulada nas calhas; Não deixe lixo jogado no quintal ou em terrenos baldios; Tampe bem os potes, filtros e reservatórios; As garrafas devem ser guardadas de boca para baixo; Substitua a água dos vasos por areia; Todos os recipientes ou vasos que necessitem de hidratação, como bebedouros para animais e pratos de vasos florais devem ser lavados e escovados; Fure o fundo das latas usadas, antes de jogá-las no lixo; e Mantenha os pneus protegidos da chuva.