Nesta quinta-feira, 30, equipes do Programa de Combate à Dengue e das secretarías de Obras e Agricultura de São Bento do Sul estiveram, novamente, no cemitério municipal. Objetivo foi realizar uma nova varredura no local para combate aos focos do mosquito transmissor da Dengue. Esta foi a segunda ação no cemitério em menos de duas semanas. A primeira ocorreu na terça-feira, dia 21, tão logo chegou a confirmação de um foco do mosquito.
Na ação, os vasos das sepulturas foram todos virados para evitar acúmulo de mais água parada, pois em alguns existiam mais larvas. Todas foram coletadas e enviadas para testes de laboratório e, nesta semana, nova confirmação de foco do Aedes Aegypti no cemitério. Por conta do segundo foco confirmado no local, uma nova operação precisou ser feita, começando nesta quinta-feira, 30, pela manhã. Objetivo agora é colocar areia em todos os vasos.
Conforme a diretora do Centro de Vigilância à Saúde, Luciane Scatolon, na primeira parte da operação os vasos foram virados para retirada da água parada e, agora, areia será colocada em todos eles. “Eles foram virados para evitar água parada e secaram. Depois de rondas, percebemos que muitas pessoas haviam levantados os vasos, mas não se adequaram a maneira correta. Agora, então, vamos colocar areia e pedimos que a população venha ao local e aqueles vasos que não estiverem furados ou adequados corretamente, para que façam e nos ajudem”, explica.
A diretora ainda ressalta que todas as confirmações quanto a focos do mosquito da Dengue são feitas por laboratório em Florianópolis, credenciado pelo governo do Estado, por se tratar de uma doença que possui rígido controle no País. “O teste preliminar é feito aqui em São Bento e, então, a larva é enviada para Florianópolis. Eles que fazem o teste definitivo e nos informam se é o Aedes Aegypti ou não. Inclusive eles cadastram, num sistema que eles possuem, a cidade onde o foco é confirmado, onde ficam monitorando para saber o que está sendo feito”, reforça.
Além disso, Luciane explica que as ações, como virar os vasos, fazem parte das orientações repassadas pela coordenação estadual do Programa de Combate à Dengue, em casos de confirmação de foco do mosquito em cemitérios. Em casos extremos, a legislação prevê, ainda, que os vasos sejam todos recolhidos e incinerados. “Não vimos necessidade de chegar a este ponto de incinerar os vasos porque, inicialmente, havia sido apenas um foco do mosquito só. Agora já foram dois, por isso pedimos à população que nos auxilie, cuidando dos túmulos dos seus entes queridos”, disse.
Vai continuar – Conforme o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Jerri Afonso Cristofolini, as ações de prevenção vão continuar. Objetivo é evitar que a Dengue chegue a São Bento do Sul e possa infectar muitas pessoas. “Às vezes pode parecer uma medida extrema, a de virar os vasos, mas isso é feito por causa da prevenção. Estamos cuidando da saúde das pessoas”, destaca.
Além das verificações nos cemitérios, o coordenador destaca que uma placa foi colocada na entrada do cemitério municipal, explicando à população sobre os procedimentos corretos para deixar flores e vasos sobre as sepulturas. “Inclusive foi instalado no cemitério, uma mesa com amostras de como devem ser deixados os vasos, e um agente estará no local passando todas as orientações. Se todos fizerem sua parte, São Bento do Sul ficará livre dessa doença por muito tempo”, completa.
Colaboração – O pedido para que a pessoas compareçam ao cemitério municipal e auxiliem no combate aos focos do mosquito transmissor da Dengue está sendo atendido pela população. Nesta quinta-feira pela manhã, 30, várias pessoas foram ao local e já providenciaram as adaptações necessárias.
Esse foi o caso de Ilsa Liebl. Logo cedo, ela colocava areia nos vasos das plantas sobre o túmulo de seu marido e já se arrumava para ir à sepultura de sua mãe, para repetir a ação. “Temos que colaborar, fazer a nossa parte. Nesta semana vi na televisão o que o mosquito da dengue pode causar nas pessoas. Esse bichinho é danado, por isso devemos combatê-lo”, disse. “Já vou pedir para a minha amiga que tem parentes enterrados aqui, para vir também”, completou.
Therezinha Zulauf também aproveitou as primeiras horas da manhã para arrumar os vasos na sepultura de seu marido e neto. Como não sabia se podia ou não deixar pedras dentro dos vasos, aproveitou e pediu orientação aos agentes da dengue que estavam no local. “Eles falaram que podia deixar, desde que o vaso fosse furado, para não acumular água. Fizemos isso e olha só, deu certo. Agora não para água nenhuma. Deu tudo certo”, sorriu.