Nesta segunda-feira, 27, foi confirmada a presença de novo foco do mosquito transmissor da Dengue no Cemitério Municipal de São Bento do Sul. É o segundo em apenas uma semana. A larva foi coletada na semana passada, durante varredura no local por conta da confirmação do primeiro foco.
Por conta da primeira larva encontrada no cemitério, o Ministério da Saúde prevê normas específicas de combate ao mosquito e uma delas é a de virar todos os vasos existentes sobre as sepulturas, para evitar a proliferação das larvas em água parada. “E foi justamente nesta varredura que capturamos novas larvas e encaminhamos para análise. O resultado saiu e deu positivo para o transmissor da Dengue”, explica a diretora do Centro de Vigilância à Saúde, Luciane Scatolon.
Conforme Luciane, algumas pessoas até pensaram se tratar de vandalismo no cemitério, porém, a medida é determinada como sendo uma das ações de combate ao mosquito. “E tal atitude se mostrou eficiente, pois conseguimos identificar mais um foco do mosquito e acabar com ele”, destaca.
Além de virar os vasos do cemitério de cabeça para baixo, os agentes ainda percorrem um raio de 300 metros de onde o foco foi identificado. E nessas vistorias, os agentes precisam entrar nas casas e empresas para ver se encontram pontos de água parada e, assim, evitar a proliferação do mosquito e, por consequência, evitar que a doença chegue a São Bento do Sul. “Nos últimos anos não há registros de pessoas que contraíram a doença dentro do município. Para que continuemos assim, necessitamos da colaboração de todos”, pede a diretora.
Luciane orienta ainda que as pessoas podem entrar em contato com o Centro de Vigilância à Saúde para saber o modelo de vaso considerado ideal. “O correto é colocar massa de cimento ou isopor até o nível da altura do vaso, o que impede o depósito dos ovos nas paredes”, disse. Mais informações no CVS, localizado na Rua José Fendrich, 145 – Centro. O telefone é o 3635-2228.
Aedes Aegypti - Cada mosquito pode procriar de 400 a 600 novos seres. A fêmea é a principal transmissora da Dengue. A espécie tem vida urbana, já que necessita de proteínas do sangue humano para sua ovulação. Ela pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. A pessoa não percebe a picada, pois, no momento, não dói nem coça.
O município conta com 11 cemitérios, sendo estes vistoriados pela equipe do Programa de Combate à Dengue a cada 15 dias. Além disso, 327 armadilhas estão espalhadas em locais estratégicos, como ferros-velhos e borracharias, e são vistoriadas semanalmente.
Colabore - Não deixar água parada em vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, calhas, entre outros. Caixas d’água, barris, tambores, tanques e cisternas devem estar bem fechados.