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Catarinense alcança destaque entre trompetistas do 9º Femusc

Quinta, 23 de janeiro de 2014

 

Carlos Eggert fará solo de trompete no concerto de encerramento do festival-escola

 
Catarinense alcança destaque entre trompetistas do 9º Femusc Germano Rorato/Agencia RBS
Foto: Germano Rorato / Agencia RBS
Rafaela Mazzaro

rafaela.mazzaro@an.com.br

Está nas mãos de um jaraguaense uma das grandes missões que o Festival de Música de Santa Catarina (Femusc) proporciona. Na noite de encerramento da nona edição (1º de fevereiro), quando a orquestra sinfônica formada por alunos e participantes do evento executar uma das obras de Igor Stravinsky, sob a regência da inglesa Catherine Larsen-Maguire, Carlos Eggert, 30 anos, cumprirá um dos solos mais importantes para quem se dedica ao estudo do trompete.

É com Petrushka — composição também conhecida pelo balé coreografado por Mikhail Fokine tendo Nijinsky no papel-título — que o trompetista catarinense pretende mostrar o crescimento que vem buscando ao longo das edições do festival.

A oportunidade de centralizar a audição da plateia por alguns minutos é oferecida apenas para os destaques do evento. E a concorrência não é pouca. Só na categoria de Carlos — a avançada —, foram selecionados 20 trompetistas, vindos da Colômbia, Peru, Costa Rica e Estados Unidos, e dos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Carlos, além de ser o único catarinense a fazer parte do grupo, ficou com o melhor desempenho durante a audição feita para ingresso no festival-escola.

— Foi a primeira vez que tentei vaga na categoria avançada. Passar já era um desafio, mas meu objetivo era realmente conquistar vaga nas principais orquestras do Femusc — comenta Carlos.

Professor e regente da banda municipal de Schroeder e integrante da Orquestra da Scar, o jaraguaense começou cedo a busca por seu espaço na área musical. Os ensaios com as bandas marciais da escola iscaram, aos nove anos, o interesse por instrumentos de sopro. Foi a corneta que, três anos depois, o levou ao encontro do trompete.

— Eu praticamente observava os outros músicos e tentava copiar. Não havia um estudo técnico — lembra.

Com 14 anos, Carlos foi convidado a substituir um professor de música e precisou encarar seus primeiros alunos. Foi aí que ele percebeu que era chegada a hora de sair do ninho em busca de profissionalização. Prestou teste para a Escola de Música e Belas Artes do Paraná e passou na segunda tentativa.

A primeira edição do Femusc, em 2006, foi a oportunidade que faltava para Carlos. A convivência com a música universal ajudou o catarinense a crescer. Das nove edições, Carlos só não participou de duas. No ano passado, ele também estreou no Promusc, programa voltado para músicos profissionais, onde também apresentou um solo.

— Por sorte já tive essa experiência. Mesmo assim sinto que é uma pressão ser solista. É um gosto de conquista e satisfação — avalia.

Crescimento ao lado do festival

Flávio Gabriel da Silva, professor de trompete do Femusc nas últimas quatro edições, acompanhou de perto o desenvolvimento de Carlos. Os dois chegaram a ser companheiros de aulas no primeiro ano do evento, quando Flávio participava do evento em Jaraguá como estudante. Hoje, o visitante ajuda o catarinense a também conquistar seu espaço.

— Carlos procura evoluir sem pensar em competição. Ele é muito interessado em aprender, humilde, determinado e ainda está fazendo escola, já que hoje já há alunos seus entre os participantes do festival — elogia o professor, que considera Carlos um exemplo de como aproveitar bem o Femusc.

Como participantes da categoria avançada, o jaraguaense não precisa necessariamente estar presente em todas as aulas. Mesmo assim, faz questão de cumprir os horários.

Petrushka, obra cujo solo de trompete será executado no concerto de encerramento, está entre os cerca de dez solos mais importantes deste instrumento, segundo Flávio. Trata-se da peça mais solicitada em audições de trompete para grandes orquestras, por isso exige do músico ainda mais habilidade.

Você sabia que...

— Petrushka foi composta pelo russo Igor Stravinsky entre 1910 e 1911.
— A obra era uma encomenda de Sergei Diaghilev's Ballets Russes.
— O balé foi coreografado por Mikhail Fokine. O papel-título foi dançado por Vaslav Nijinsky.
— A composição é embala o balé de mesmo nome cujo enredo conta a história de um boneco feito de palha e saco de serragem que começa a desenvolver sentimentos humanos.
— A composição é famosa pela perfeita harmonia com a trama de Fokine.
— Junto com A Sagração da Primavera (1913) e Pássaro de Fogo (1910), Petrushka é uma das composições de Stravinsky mais conhecidas no balé clássico/moderno.
— É interessante observar em Petrushka a influência de canções folclóricas russas e progressões harmônicas diferentes das tradicionais.



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