Criado em 2007 e revisado pela primeira vez no ano de 2010, o Plano de Saneamento Básico do município sofre novas alterações neste ano. O Projeto de Lei 2168/2013 que estabelece estas modificações tramita na Câmara de Vereadores e deverá ser votado ainda este ano para que a partir de 2014 entre em vigor. Nesta quarta-feira (30) engenheiros do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) além do engenheiro Sanitarista e Ambiental, Euclides Espindola, da Alves e Espindola Consultoria e Engenharia, empresa contratada pela autarquia para fazer a revisão do plano, deram explanações sobre o que muda com o novo projeto. Acompanharam a reunião os Vereadores Mauro Dolla, Osni Boelitz e Erikson Wantowski.
Segundo Euclides a intenção facilitar o processo de apreciação, análise e de aprovação do plano com a atualização da projeção da população, das vazões de água e esgoto, da produção de resíduos e estudo hidrológico até 2034 e reavaliando as propostas, seu cronograma e orçamento. A aprovação do plano ainda este ano, alertou o engenheiro, é fundamental para que o município não venha a perder recursos federais em 2014. Ele explica que o primeiro passo foi fazer um levantamento ambiental da região, tomando como base as oito bacias elementares do município, o Programa Intermunicipal de Água (PIA), as áreas de proteção ambiental (APAs), a preservação ambiental e da mata ciliar e os controles sanitários.
Ele trouxe ainda números atualizados que apontam que 99% da população é atendida hoje com agua potável através do Samae, perfazendo um total de 13.669 ligações de água e que da mesma forma a autarquia é responsável pelo sistema de esgotamento sanitário (SES), cuja previsão de término de implantação é no próximo ano, quando deverá atender todos os bairros da cidade com um total de 136.768 metros de redes coletoras e 5.379 ligações de esgotos cadastradas. O engenheiro também trouxe dados sobre os resíduos sólidos produzidos no município. “Atualmente são produzidas 26 toneladas por dia de resíduos, sendo que destes 97,07% são convencionais e apenas 2,93%, seletivo”, frisou Euclides.
Propostas
“Foi com base nestes dados que constituímos as propostas com previsão de implementação até 2019”, explicou o engenheiro que apontou a construção da rede e ETE de Volta Grande com previsão para 2017 e 2018, com custo de R$ 1.140.000,00 e o término da construção da rede coletora de Rio Negrinho para o próximo ano ao custo de R$ 1.300.000,00. O plano prevê ainda ações de micro drenagem como o mapeamento da rede existente, mapeamento e projeto dos pontos críticos da rede e elaboração de normas para micro drenagem, além de um estudo do regime de chuvas da região, levantamento topo batimétrico dos cursos da água que cruzam a região e projeto de macrodrenagem com simulação de regime de escoamento.
Questionamentos
O Vereador Erikson Wantowski questionou se o levantamento e cadastro de poços profundos – proposta prevista no novo plano de saneamento – terá custos e o engenheiro Euclides confirmou que será feita a cobrança da taxa de esgoto sobre estes locais, mas de água não. Osni Boelitz questionou sobre a questão do mau cheiro nas estações de tratamento de esgoto e o engenheiro disse que a medida que já vem sendo tomadas nas estações existentes e que terá continuidade, será o plantio de eucaliptos. “Somente o esgoto bruto poderá ter algum pouco cheiro, mas o tratado não”, frisou. Também o Vereador Mauro Dolla questionou sobre a possibilidade de o Samae fazer a captação de água em poços artesianos, medida esta que foi descartada pelo Presidente da autarquia, Rubens Muhlbauer, devido ao alto custo.