Em palestra na FIESC, pesquisador defendeu a adoção de tecnologias não térmicas como forma gerar economia de energia e recursos na cadeia de produção e consumo do segmento
Florianópolis, 02.10.2013 - A adoção de tecnologias não térmicas de processamento de alimentos pode aumentar a sustentabilidade do setor. A afirmação é de Roman Buckow, do Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), em palestra realizada nesta quarta-feira (02), no Workshop Internacional de Processamento Não Térmico de Alimentos, que é realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
Como exemplo, o pesquisador citou a combinação de tratamento da carne de frango com alta pressão e posterior empacotamento em embalagem especial. Assim, aumenta o prazo de validade do produto. Também reduz a necessidade de refrigeração e o tempo de cozimento. Além disso, elimina o uso de recipientes adicionais para preparo pelo consumidor. E é nesta etapa, após a venda pela cadeia de distribuição, que, segundo Buckow, estão concentrados o maior consumo de energia e desperdício de recursos da cadeia de alimentos.
As demais etapas, no entanto, também podem se beneficiar dos processos não termais de tratamento. A adoção de técnicas adequadas acelera o ritmo das linhas de produção e reduz a necessidade de refrigeração no transporte, diminuindo o consumo de energia destas etapas.
Na sequencia do evento, que se encerra nesta quarta-feira, estão apresentações sobre a radiação ionizante para garantir a segurança de produtos frescos e as aplicações comerciais de processamento de alta pressão. Fechando as palestras, o pesquisador Bala Balasubramaniam, da Ohio State University, fará a apresentação da edição 2014 do evento, que será realizada na cidade de Columbus, nos Estados Unidos.